
Ilustração de Barry resgatando uma criança e a entregando no mosteiro.
Durante o século XVIII, monges que viviam nos Alpes entre a Itália e a Suíça mantiveram cães para ajudá-los nas missões de resgate em épocas de nevascas. Por mais de 200 anos, cerca de 2 mil pessoas, entre crianças e soldados, se perderam nos Alpes e foram salvos pelos cães heróis do mosteiro e hospício Gran St. Bernard.
Devido ao olfato aguçado, peito largo, resistência ao frio, porte físico robusto e lealdade, esses cães foram designados para ajudar Napoleão e seus soldados a cruzarem a passagem de St. Bernard — nome que foi utilizado para designar futuramente a raça dos cachorros — entre 1790 e 1810.
Quando o cão herói morreu, seus restos mortais foram enviados a um taxidermista que eternizou a imagem de Barry. Atualmente, Barry repousa eternamente no Museu de História Natural de Berna, Suíça.
Com o sucesso nos resgates, os cachorros da raça São Bernardo ficaram famosos, contudo, aquele que mais se destacaria na História seria Barry der Menschenretter no século XIX.
Barry viveu no Hospício de Gran St Bernard entre os anos de 1800 e 1814. Segundo relatos e documentos da época, o cão herói chegou a salvar mais de 40 pessoas de congelamento e das condições traiçoeiras dos Alpes.
O resgate mais famoso de Barry foi o de uma criança perdida. Durante uma de suas patrulhas, Barry encontrou um menino tentando se esconder do frio no fundo de uma caverna. Imediatamente o cão se deitou sobre a criança para aquecê-la, carregando-a depois em suas costas até o mosteiro.

Hospício e Mosteiro du Grand-Saint-Bernard, Suíça.
Após doze anos prestando socorro nas montanhas, Barry foi levado à Berna, Suíça, por um monge para que pudesse viver o resto de sua vida em paz. Dois anos depois, o cão herói morreu de velhice e seu corpo foi entregue ao Museu de História Natural de Berna, que eternizou Barry através da taxidermia. Atualmente, o São Bernardo está exposto no hall de entrada do Museu de História Natural de Berna, onde permaneceu nos últimos 200 anos.