Há quase 100 anos ocorria a Primeira Guerra Mundial. Nela, milhares de soldados pereceram nas frentes de batalhas e junto deles, mais de oito milhões de cavalos também enfrentaram e morreram no front.
Um cavalo magro, solitário e quase moribundo permanece parado ao lado do corpo sem vida de seu condutor enquanto a imagem registra o momento. Não é possível saber quanto tempo ele ficou parado ali; nem qual foi seu destino.

Cavalo permanece ao lado do corpo de seu condutor. Imagem do livro “War Horses”.
Na primeira foto é possível ver uma grande quantidade de corpos equinos sendo enterrados em uma vala comum. Essas imagens foram cenas rotineiras há quase 100 anos, mostrando o papel crucial que esses guerreiros esquecidos tiveram nas frentes de batalha.
Para se ter ideia da quantidade de cavalos perdidos durante o conflito, basta observar as estatísticas inglesas. Dos quase um milhão de equinos que deixaram a Grã-Bretanha em direção à Frente Ocidental, somente 60 mil retornaram para casa.
Esses cavalos foram usados como animais de carga, de alimentos e munições, na linha de frente, como transporte aos feridos ou mesmo como mero meio de transporte dos soldados. Exatamente por isso, eram alvos mais fáceis de serem atingidos do que os homens e podiam causar danos diversos e custosos demais ao inimigo, caso morressem.
Após os exércitos perceberem que os animais eram alvos fáceis das metralhadoras e dos gases venenosos, a utilidade dos cavalos foi reduzida nos campos de batalha. Entretanto, eles continuaram atuando com força nas demais funções que lhes eram designadas. Apesar de diversos trabalhos terem sido apresentados a respeito da participação desses animais em guerras, somente agora são publicados livros e produzidos filmes que chegam ao grande público contando um pouco mais sobre a realidade desses guerreiros que por anos ficaram esquecidos.