
Múmias defumadas de líderes tribais da tribo Anga, em Aseki, província de Morobe, Papua-Nova Guiné. Foto: ULLA LOHMANN / National Geographic. ID: 1483582
Descobertos apenas na década de 1950, os corpos defumados da tribo Kukukuku atraem os olhares curiosos de vários turistas pelo mundo.
Menyamya, região montanhosa e remota da Papua Nova Guiné, atrai a curiosidade de alguns por ser palco de um costume diferente aos olhos da sociedade Ocidental. Aqueles que se arriscam a chegar até Menyamya, o fazem buscando conhecer os famosos corpos defumados de Aseki do povo Anga.

Dos penhascos de uma aldeia nas montanhas Morobe, os cadáveres carbonizados observam os transeuntes no pé da montanha. Foto: Michael Thirnbeck/ Mangiwau, Getty Images
Quase como um cenário de terror, dos vãos da montanha surgem corpos avermelhados, pendurados em gaiolas e posicionados como se estivessem zelando pelas comunidades do pé da montanha. A tribo Anga, ou Kukukuku, é a responsável pelos rituais de enterro nas cavernas e encosta do monte Menyamya.
Conhecidos como um povo violento e temido em aldeias vizinhas, a cultura e prática dos Kukukuku ficaram desconhecidas por muitos anos, até que na década de 1950, Walter Eidam, um missionário que viveu com os Anga, revelou a prática dos corpos defumados.

Os moradores da vila de Koke transportam Moimango, membro mumificado há mais de meio século, até seu nicho na falésia. Seu filho (agachado) espera ser mumificado um dia também. Foto: Ulla Lohmann/National Geographic.
Segundo a cultura, cada corpo é esfaqueado várias vezes para que todos os líquidos possam sair. Posteriormente, os órgãos são retirados pelo ânus e, então, o corpo é colocado acima de uma fogueira para defumar. A prática elimina toda a gordura e a fumaça serve como bactericida.
Atualmente a tribo não realiza mais esse tipo de enterro para todos da aldeia. Apenas os grandes guerreiros e pessoas importantes são enterrados nesse tido de ritual.