As antigas fantasias de Halloween

Museu de Imagens

As fantasias de Halloween são muito utilizadas hoje em dia para a celebração da data, porém houve uma época em que eram usadas para afastar o mal.

ATUALIZADO EM 30/10/2013
Crianças fantasiadas

Foto tirada aproximadamente na década de 1950.

Conforme já explicado no texto sobre as origens históricas do Halloween, esta celebração tem como uma de suas bases o festival religioso celta do Samhain, comumente praticado na Escócia e na Irlanda em período anterior à cristianização de suas populações. Para os celtas, este festival religioso se associava ao período de morte da luminosidade solar e o início de uma estação de trevas no mundo. Seria também durante o período simbolicamente iniciado pelo Samhain que um portal entre o mundo dos vivos e dos mortos seria aberto, liberando diversos espíritos malignos em busca de vingança.

Crianças com fantasias macabras

Foto de data desconhecida.

Oriunda do folclore associado a esta prática religiosa, a partir do século XVIII, a celebração do Halloween na Irlanda começou a ser também acompanhada da prática de imitar esses seres sobrenaturais que estariam soltos na Terra. Segundo alguns historiadores, teria sido a partir de então que se iniciou a utilização de fantasias dentro do Halloween.

Criança fantasiada

Foto de data desconhecida

Contudo, outros folcloristas e historiadores afirmam que esta prática de se fantasiar durante a celebração seria originária da crença popular de que os espíritos das pessoas recém-mortas teriam uma segunda chance de promover não só suas vinganças, como também demonstrar aos vivos qual seria o destino final comum a todos após a morte.

Criança fantasiada

Pelo fato de serem menos elaboradas do que as fantasias atuais, as de antigamente possuíam um ar macabro.

Essa ideia de destino final, conhecida como “Dança Macabra”, foi largamente utilizada pela Igreja Católica durante a Idade Média como forma de promover os valores cristãos de desapego ao mundo material e necessidade de devoção ao mundo espiritual. No que tange a tal crença, segundo Sophie Conteh, a noite de Halloween seria a última chance dos espíritos em transição de promoverem vingança contra aqueles que lhes fizeram mal durante a vida.

Crianças fantasiadas

Duas crianças em foto de data desconhecida

Dessa forma, buscando evitar serem reconhecidas por qualquer espírito vingativo, as pessoas passaram a fazer uso de máscaras e fantasias para disfarçar suas identidades neste dia. Com o tempo e a transformação deste festival religioso em uma data comercial, as fantasias se transformaram no principal símbolo do Halloween disseminado pelas grandes indústrias de entretenimento, o que contribuiu decisivamente para a formação de sua imagem atual.

Veja mais fotos de fantasias antigas de Halloween:

Fantasias macabras de Halloween

Pessoas fantasiadas para o Halloween em data desconhecida

Fantasias do século XIX

Foto tirada entre o final do século XIX e início do século XX.

Fantasias macabras

Algumas pessoas com fantasias antigas de Dia das Bruxas.

Fantasias de Halloween

Foto tirada na primeira metade do século XX

Crianças fantasiadas para o Dia das Bruxas

Fantasias antigas de Dia das Bruxas

Pai e filha fantasiados para o Halloween

Criança fantasiada para a noite de 31 de outubro

Fantasia de palhaço de antigamente.

Foto da década de 50

Fantasiados para o Dia das Bruxas

Foto de data desconhecida

Crianças fantasiadas para o Halloween

Halloween de 1930.

Fantasia macabra de 1914

Festa de Dia das Bruxas de 1914.

Crianças fantasiadas

Foto possivelmente tirada entre as décadas de 1950 e 1960.

Fantasiados para o Halloween

A equipe do Museu de Imagens buscou as informações para creditar as imagens. Entretanto nada foi encontrado. Caso saibam mais informação a respeito da autoria, entrem em contato.
Referências:
 – ROGERS, Nicholas. “Halloween: Fron Pagan Ritual to Party Night”. Oxford University Press. New York, 2002.
 – CONTEH, Sorie. “Ancestor Veneration or Veneration of the Dead” em: “Traditionalists, Muslims, and Christians in Africa: Interreligious Encounters and Dialogue”. Cambria Press.