
Dois cavaleiros negros se preparando para mais uma noite de terror da Legião Negra.
Segundo um artigo do “The Sydney Morning Herald”, de 25 de maio de 1936, a Legião Negra era uma sociedade secreta nascida da Ku Klux Klan que praticava assassinatos ritualísticos.
Apesar de haver assassinatos de negros, judeus, comunistas, socialistas, entre outros, ligados aos membros da Legião Negra, não há uma prova definitiva da alegação de praticarem como se fossem rituais. De qualquer forma, mesmo cada vez mais esquecida atualmente, a Legião Negra fez sua fama e foi temida em sua época.
Tendo sido fundada em meados da década de 1920 a partir de uma Klan de Ohio, os cavaleiros negros foram criados como a linha de frente da segurança da Ku Klux Klan. Apesar de ter nascido no estado supracitado, a Legião Negra ganhou mais força no estado de Michigan durante a década de 1930. Seu principal expoente foi o “general” Arthur Lupp.
O título de “general” vem do fato da Legião Negra ter sido organizada em linhas militares, contendo, em Michigan, cinco brigadas e mais de 60 batalhões. Pelos dados oficiais, essa vertente menos conhecida da klan chegou a ter entre 20 e 40 mil membros.
Os objetivos políticos dos cavaleiros negros eram pouco claros. De maneira geral, seus membros tinham como meta combater todos os “ismos” que haviam adentrado a sociedade americana da época. Sendo assim, o catolicismo era um alvo, assim como o judaísmo, o comunismo etc.
Alguns legionários dessa formação acabaram ultrapassando a barreira do discurso e montados em cavalos, com vestes negras andavam pelas ruas durante as noites caçando todos aqueles que se encaixavam no perfil indesejado. O destino das vítimas era a morte certa.
Foi somente após a grande repercussão do assassinato de um jovem chamado Charles Poole que a sociedade americana passou a exigir uma postura dura quanto às ações da Legião Negra. Após a crescente pressão, 11 membros receberam a sentença de prisão perpétua; foi o início do fim da Legião de cavaleiros negros.