Foto: Hans Hillewaert. Museu Britânico.
A pedra de Roseta é uma estela, ou pedra, achada no Fort Julien, em Roseta, em 15 de julho de 1799. A pedra traz um decreto político entalhado em três línguas: demótico, grego e egípcio (hieróglifos).
À época em que foi encontrada, os hieróglifos egípcios ainda não haviam sido decifrados e permanecia um completo mistério o significado daquela língua antiga. Exatamente por isso, a pedra de Roseta é um dos grandes achados da arqueologia, na medida em que permitiu a tradução da linguagem dos faraós.
Acredita-se que por muito tempo a estela de Roseta fora exibida em algum templo, entretanto, durante o período medieval, ela acabou sendo utilizada como material de construção no Fort Julien, no Delta do Nilo. Em 1799, foi encontrada pelo soldado Pierre-François Bouchard, do exército de Napoleão.
Quando historiadores, estudiosos e arqueólogos souberam da existência da pedra e do fato de trazer o mesmo texto escrito em três línguas diferentes, a estela de Roseta despertou interesse mundial. Cópias em gesso começaram a circular por todo o mundo, em museus e no meio acadêmico, na busca da tradução dos hieróglifos.
Quando os ingleses derrotaram os franceses em 1801 no Egito, a estela original foi levada para o Museu Britânico. Dois anos depois, a primeira tradução completa do texto grego era finalizada, porém a transliteração dos escritos egípcios só foi realizada em Paris por Jean-François Champollion, em 1822.
Portanto, a pedra de Roseta, como uma chave para a compreensão e tradução dos hieróglifos egípcios antigos, é um achado único e histórico, pois apenas com ela foi possível compreender a fundo a civilização e a literatura do Egito antigo.