A pedra de Roseta

Museu de Imagens

Em 1799, a pedra de Roseta foi encontrada no Delta do Nilo. Com ela, o mundo finalmente pôde descobrir o que os hieróglifos egípcios significavam.

ATUALIZADO EM 15/07/2014
A estela de Roseta trazia três textos iguais escritos em línguas diferentes. Na porção de cima trazia hieróglifos egípcios, na porção do meio, trazia o texto em demótico e na debaixo, em grego.

Foto: Hans Hillewaert. Museu Britânico.

A pedra de Roseta é uma estela, ou pedra, achada no Fort Julien, em Roseta, em 15 de julho de 1799. A pedra traz um decreto político entalhado em três línguas: demótico, grego e egípcio (hieróglifos).

À época em que foi encontrada, os hieróglifos egípcios ainda não haviam sido decifrados e permanecia um completo mistério o significado daquela língua antiga. Exatamente por isso, a pedra de Roseta é um dos grandes achados da arqueologia, na medida em que permitiu a tradução da linguagem dos faraós.

Acredita-se que por muito tempo a estela de Roseta fora exibida em algum templo, entretanto, durante o período medieval, ela acabou sendo utilizada como material de construção no Fort Julien, no Delta do Nilo. Em 1799, foi encontrada pelo soldado Pierre-François Bouchard, do exército de Napoleão.

Quando historiadores, estudiosos e arqueólogos souberam da existência da pedra e do fato de trazer o mesmo texto escrito em três línguas diferentes, a estela de Roseta despertou interesse mundial. Cópias em gesso começaram a circular por todo o mundo, em museus e no meio acadêmico, na busca da tradução dos hieróglifos.

Quando os ingleses derrotaram os franceses em 1801 no Egito, a estela original foi levada para o Museu Britânico. Dois anos depois, a primeira tradução completa do texto grego era finalizada, porém a transliteração dos escritos egípcios só foi realizada em Paris por Jean-François Champollion, em 1822.

Portanto, a pedra de Roseta, como uma chave para a compreensão e tradução dos hieróglifos egípcios antigos, é um achado único e histórico, pois apenas com ela foi possível compreender a fundo a civilização e a literatura do Egito antigo.

Referências:
– BUDGE, E. A. Wallis. “The Rosetta Stone”. British Museum, 1913.
– PARKINSON, Richard B.; Diffie, W.; Simpson, R. S. “Cracking codes: the Rosetta stone and decipherment”. University of California Press, 1999.