por | 23/06/2017 | Guerras, Século XX, Segunda Guerra Mundial

A expansão da bola de fogo e a onda de choque causadas pela explosão da bomba atômica Trinity, vista .025 segundos após a detonação.
Na manhã de 16 de julho de 1945, o Projeto Manhattan realizou com sucesso a Experiência Trinity, o primeiro teste nuclear da história. Notícias sobre o sucesso do teste ultrassecreto no deserto do Novo México foi fundamental para a estratégia norte-americana que se seguiu para a conclusão da guerra no Pacífico. As bombas atômicas deram aos Estados Unidos a oportunidade de acabarem com a guerra com o Japão, poupando milhares de vidas americanas e sem terem que depender de tropas soviéticas para uma invasão terrestre.
A primeira bomba
Às 05 horas, 29 minutos e 45 segundos do dia 16 de julho de 1945, a primeira bomba atômica da história explodiu com uma energia equivalente a 19 kt de TNT (87,5 TJ). Deixou no deserto uma cratera radiativa de 3 metros de espessura por 330 metros de diâmetro. No momento da detonação, as montanhas circundantes foram iluminadas com mais intensidade do que o sol por breve momento que durou um ou dois segundos, sendo relatado, no acampamento-base, um calor tão intenso como o de um forno. As cores observadas variaram de púrpura a verde e, eventualmente, branca. O som da onda de choque levou 40 segundos para chegar até os observadores e a explosão foi sentida a mais de 160 km de distância, tendo o cogumelo atômico chegado à 12 km de altura. Cerca de 260 pessoas estavam presentes no teste, nenhuma a menos de 9 km.

A expansão da bola de fogo e a onda de choque causadas pela explosão da Trinity, visto .053 segundos após a detonação.

Uma bola de fogo começa a subir e a primeira nuvem de cogumelo atômico do mundo começa a se formar, nove segundos depois da explosão da Trinity.

Uma bola de fogo começa a subir e a primeira nuvem de cogumelo atômico do mundo começa a se formar, 15 segundos depois da detonação.

Fotografia de longa-exposição após a detonação da bomba.
Fotos: U.S. Department of Defense
por | 09/08/2015 | Curiosidades, Genocídios, Século XX, Segunda Guerra Mundial

Imagem de autor desconhecido.
Três dias antes, em 6 de agosto de 1945, Hiroshima fora a primeira cidade no mundo a conhecer os efeitos perversos de uma arma de destruição em massa. Hoje completam-se 70 anos do dia em que Nagasaki teve o mesmo destino de Hiroshima.
Visando finalmente testar os efeitos de uma bomba atômica e forçar o Japão a se render ao final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos limaram a vida de 240 mil civis japoneses em apenas dois dias, com intervalo de três dias entre um e outro ataque.
Milhares de pessoas morreram nos dias, semanas e anos seguintes em decorrência dos efeitos das bombas. Porém, instantaneamente, morreram de 60 a 80 mil em Hiroshima e em Nagasaki, 40 mil pessoas desapareceram. Os únicos rastros que essas últimas deixaram ficaram registrados nas sombras de Nagasaki, que até hoje contam silenciosamente a história daquele dia.
Abaixo estão algumas fotos que trazem a memória daqueles cujas últimas lembranças, agora, estão registradas no chão e nas paredes da cidade.

Imagem de autor desconhecido.

Imagem de autor desconhecido.

Imagem de autor desconhecido

Imagem de autor desconhecido.

Imagem de autor desconhecido.
A equipe do Museu de Imagens buscou informações para creditar a(s) imagem(ns). Entretanto, nada foi encontrado. Caso saibam, por gentileza, avisem-nos: contato@museudeimagens.com.br
por | 09/08/2014 | Curiosidades, Fotógrafos, Genocídios, Século XX, Segunda Guerra Mundial

Foto: © Chugoku Shimbun/Yoshito Matsushige
Há 70 anos, uma bomba atômica — Fat Man — era jogada em Nagasaki. Três dias antes, porém, Hiroshima havia sido devastada, às 8:17 da manhã, pela Little Boy.
Após a bomba lançada em Hiroshima, o nome de Yoshito Matsushige entrou para a história como o único fotógrafo a registrar a devastação causada, sob o ponto de vista das vítimas. Foram apenas cinco imagens registradas minutos depois do ataque e que sobreviveram durante a revelação.
O cenário, congelado nas fotografias granuladas, se apresenta repleto de fumaça. As pessoas, com as roupas rasgadas e com os cabelos queimados, denunciam a gravidade da situação. Morador de Hiroshima, Yoshito vagou pelas ruas durante dez horas, registrando apenas uma parte do horror pelo qual os cidadãos japoneses passaram.

Foto: © Chugoku Shimbun/Yoshito Matsushige
Como sua câmara de revelação havia sido destruída, o fotógrafo precisou revelar as fotos de forma primitiva. Sob a luz das estrelas e com a cidade ainda fumegando, Yoshito lavou o filme em um riacho e, posteriormente, o pendurou em um galho de uma árvore carbonizada.

Foto: © Chugoku Shimbun/Yoshito Matsushige
Após aqueles registros valiosos, Matsushige entrou para o jornal “Chugoku Shimbun” e, em 29 de setembro de 1952, as cinco fotos sobreviventes daquele dia foram publicadas na Life Magazine sob o título “First Pictures—Atom Blasts Through Eyes of Victims”.
Na primeira foto, vítimas da bomba atômica em Hiroshima aguardam atendimento na ponte Miyuki, a dois quilômetros do epicentro, minutos após a explosão.

Foto: © Chugoku Shimbun/Yoshito Matsushige
por | 08/08/2014 | Genocídios, Século XX

Danos causados pela bomba atômica lançada em Hiroshima no dia 06 de agosto de 1945. Foto: Keystone/Getty Images
Há 69 anos, uma bomba atômica foi jogada em Hiroshima e em Nagasaki. Exatamente às 8:17 da manhã do dia 06 de agosto de 1945, Hiroshima foi devastada pela Little Boy.
Na imagem abaixo, Yoshito Matsushige acabara de ultrapassar pouco mais de um quilômetro do ponto zero de onde a bomba de Hiroshima fora lançada, quando viu um clarão no céu e sentiu a primeira onda de impacto. Imediatamente, olhou para cima e viu um grande cogumelo de fumaça e calor subindo rapidamente. No mesmo instante em que observou o cogumelo, fez um dos maiores registros históricos de um ângulo que nenhum outro conseguiu fazer naquele dia.

Foto: UN Photo / Mitsuo Matsushige. ID: 64723.
No fatídico 6 de agosto de 1945, o fotógrafo Matsushige rodou Hiroshima registrando em poucas fotos o que uma arma de destruição em massa era capaz de causar; não sem ser ferido e sofrer queimaduras. O horror para o povo japonês, entretanto, estava longe de acabar. Três dias depois, em 09 de agosto de 1945, seria a vez de Nagasaki sucumbir ao poder de uma das mais potentes armas de destruição em massa já criada pelo homem.
por | 03/07/2014 | Curiosidades, Genocídios, Imagens Históricas, Século XX

Desenho de Odawa Sagami. Hiroshima Peace Memorial Museum. ID: GE15-44.
O projeto “Children Of The Atomic Bomb”, criado por pediatras e psicanalistas da Universidade da Califórnia, UCLA, visa tratar as vítimas da bomba atômica, bem como retratar, através de desenhos, o que os sobreviventes viram nos dias das explosões.
Os desenhos são parte do tratamento, visto que os sobreviventes, muitas vezes, não conseguem expressar por palavras os fatos acontecidos nos dias 06 de agosto (Hiroshima) e 09 de agosto (Nagasaki). O desenho em questão é de Ogawa Sagami, nascido em 1917. No dia da explosão em Hiroshima, Sagami tinha 28 anos e estava a 260 metros do ponto zero.
Segundo seu desenho, retratando o que viu, há um grupo de cadáveres amontoados dentro de um tanque d’água. Por eles estarem dentro d’água no momento da explosão, seus corpos foram cozidos e por isso estão vermelhos vivo e inchados, enquanto os demais corpos, ao redor do tanque, estão completamente carbonizados e menores.
Referências: