por karonte | 13/02/2019 | Curiosidades, Natureza, Século XX
No mês de julho de 1991, a segunda maior erupção vulcânica do século XX ocorreu no Monte Pinatubo, localizado na ilha de Luzon, Filipinas, cerca de 90 km da capital Manila.
A erupção do Monte Pinatubo
No dia 15 de março de 1991, uma série de tremores atingiu o monte Pinatubo, que estava adormecido há mais de 600 anos. No dia 2 de abril, uma série de pequenas erupções e tremores começou a ocorrer diariamente. A organização USGS (United States Geological Survey) enviou uma equipe de vulcanólogos e vários equipamentos e instrumentos com o objetivo de prever o dia exato da grande erupção, vez que uma evacuação precoce da população mediante poderia resultar em uma falta de confiança da população em uma nova previsão, o que poderia gerar uma tragédia de grandes proporções.
No dia 12 de junho, a primeira grande explosão lançou uma nuvem de cinzas vulcânicas, gases e rochas pulverizadas a mais de 20 km de altura. Fluxos piroclásticos atingiram regiões a 4 km da base do Pinatubo. Nos dias seguintes, dezenas de explosões atingiram alturas de até 40km e fluxos foram lançados a mais de 16km da base do monte. A nuvem de cinzas do Pinatubo cobriu uma área de 125 mil km² (equivalente a 80 cidades de São Paulo), cobrindo a luz do sol em uma vasta região.
A erupção do Pinatubo alterou o clima da Terra, vez que a nuvem de gases e cinzas vulcânicas se espalhou pela atmosfera terrestre e reduziu em 0.5 º Celsius a temperatura média global durante vários anos. Estima-se que entre 400 e 800 pessoas morreram em função das erupções. O monitoramento preciso da USGS evitou que a estimava de mais de 300 mil pessoas fossem vitimadas, evitando assim, aquela que teria sido a maior catástrofe natural do século XX.
Monte Pinatubo. Filipinas
por karonte | 08/05/2018 | Arqueologia, Idade Antiga, Natureza

A casa de Pompeia após a erupção do Monte Vesúvio em ótimo estado do preservação.
Imagem de uma casa bem conservada de Pompeia, cidade italiana destruída pela força da natureza por meio da erupção do Monte Vesúvio.
Pompeia
“Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o ‘magma’ selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano — Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio.”
por | 17/05/2014 | Arqueologia, Curiosidades, Idade Antiga

Após anos mergulhada sob as águas do lago Qiandaohu, Shi Cheng, a Atlântida chinesa, foi redescoberta em 2002.
Qiandaohu é um lago artificial de águas cristalinas. Localizado na província chinesa de Zhejiang, Qiandaohu só surgiu após a construção da primeira hidrelétrica chinesa no rio Xin em 1959. Atualmente o território ao redor do lago possui uma natureza exuberante, composta por diversas ilhotas e um parque florestal que é lar de 90 espécies de aves e 60 espécies de outros animais selvagens.

Invisível e esquecida abaixo do lago Qiandao, a cidade milenar já fora centro político e econômico do leste chinês.
Antes de 1959, porém, a região que hoje ocupa o lago era composta por pequenas vilas de pescadores; todas elas tendo desaparecido conforme o rio tomava a região com a construção da hidrelétrica. Entretanto, o que mais impressiona na região é a cidade de Shi Cheng, conhecida como a Atlântida chinesa.

As antigas gravuras na murada ao redor da cidade ainda permanecem intactas.
No sopé da montanha Wu Shi encontrava-se uma cidade antiga conhecida como Shi Cheng (“Cidade do Leão”), construída durante a Dinastia Han (25 dC — 200). Como o reservatório — em 1959 — havia sido projetado para inundar qualquer área abaixo de uma altitude de 108 metros acima do nível do mar, Shi Cheng desapareceu sob as águas do rio Xin.

As estruturas em Shi Cheng foram construídas há 1.300 anos. Longe do vento e do sol muitos detalhes mantiveram-se intactos.
Apenas em 2002 foram encontrados os primeiros resquícios da cidade milenar submersos a 40 metros de profundidade. Usando um sonar para realizar o levantamento das vilas que haviam sido engolidas pelo lago Qiandaohu, empresas de pesquisa arqueológica encontraram a cidade do Leão quase intacta.

Shi Cheng, cidade milenar e apelidada de Cidade do Leão devido às Montanhas dos Leões que a cercam, ficou escondida sob as águas do lago desde 1959.
Arcos monumentais, estradas de pedras, templos e os tradicionais muros chineses que corriam ao redor da cidade ainda estavam em perfeitas condições, assim como alguns prédios construídos durante a Dinastia Ming e Quing.
Apesar de ter sido redescoberta no início dos anos 2000, a cidade do Leão ainda está sendo estudada e não existem passeios turísticos e de mergulho oficiais para ver de perto Shi Cheng.

Detalhe da escultura entalhada no muro ao redor da cidade do Leão.
Referências: