Por muitos anos a tumba de Tutankhamon foi cobiçada por aristocratas e arqueólogos que sonhavam encontrá-la. Segundo escritos, a tumba perdida do faraó menino estava lacrada e esquecida há mais de 3 mil anos e juntamente com ela milhares de artefatos de valor incalculável da época do Antigo Egito.
No início do século XX, eis que um aristocrata resolve investir nos trabalhos de Howard Carter com a esperança de encontrar a famosa tumba. Após meses de investimentos, George Herbert, conde de Carnarvon, já havia dispendido mais de 25 mil libras e nada havia sido encontrado além de alguns potes de alabastro.
No ano de 1922, já disposto a abandonar o sonho, George Hebert estava pronto para cessar com os investimentos, porém Carter estava determinado em trazer à luz novamente a tumba perdida de Tutankhamon. Diante da determinação do explorador e arqueólogo, Herbet resolveu seguir com seus investimentos na busca.
O interesse de Carter pela tumba do faraó menino havia surgido alguns anos antes, mais precisamente em 1907, quando um advogado aposentado que havia se tornado arqueólogo esbarrou acidentalmente com um poço cheio de objetos e símbolos que levavam o selo de Tutankhamon. Desde então, tanto Carter quanto outros arqueólogos, exploradores e entusiastas passaram a cobiçar tal achado.
A partir da descoberta do advogado, Carter acreditou que a tumba do faraó pudesse estar próxima, pois aqueles selos pertenciam à festa funerária de Tutankhamon. Naquela mesma região encontravam-se as tumbas de outros grandes faraós: Ramsés II, Meremptah e Ramsés VI.
Finalmente em 4 de novembro, quando chegara ao último local para uma possível escavação, Carter foi recebido pelos seus trabalhadores com um silêncio e uma tensão no ar. Antes dele chegar, seus ajudantes haviam escavado um degrau entalhado em uma rocha e aguardavam o arqueólogo para dar prosseguimento ao trabalho.
A cada hora de escavação, mais e mais renascia uma escada toda trabalhada que descia em direção a mais terra, até que chegaram em uma passagem subterrânea tomada por escombros. Após conseguirem desobstruir o caminho, Carter se viu diante de uma grande porta que já fora aberta e lacrada novamente. Naquele momento o arqueólogo pensou que a tumba pudesse ter sido saqueada anos antes e nada encontrariam ali. O medo e a tensão tomaram conta de toda a equipe que resolveu fechar tudo novamente e esperar a chegada de George Herbert, o lord Carnarvon.
Após algumas semanas, com a chegada de lord Carnarvon, deram prosseguimento à missão. Carter, então, fez um buraco na parede para verificar o interior de uma das câmaras e com a ajuda da luz de uma vela, eis que ele vê um dos tesouros do faraó, guardado há mais de 3 mil anos. Por todos os lados era possível verificar o ouro cintilando com a luz da vela.
Diante dos olhos de todos, o tesouro do faraó menino ressurgia após 3 mil anos descansando na escuridão das areias do deserto do Vale dos Reis. Após a pequena abertura, lacraram novamente e seguiram para a escavação e abertura da entrada oficial.
A foto acima é uma daquelas que foram tiradas por Harry Burton (1879 – 1940) durante a abertura da entrada principal pelo arqueólogo Howard Carter, no Vale dos Reis, Luxor, Egito em 1922.
As duas estátuas de “sentinela”, representando o kha de Tutankhamon, vigiavam a porta da câmara onde se encontrava o sarcófago do jovem faraó.
Foto: © Griffith Institute, Universidade de Oxford/Harry Burton, 1922. ID: P0292.
Referência:
– “Egypt: Land of the Pharaohs”. Time Life Books Inc. & Ediciones Folio, 2007.