11 de Setembro de 1973 — Golpe militar no Chile e assassinato de Salvador Allende.
O ex-presidente chileno Salvador Allende
No dia 4 de setembro de 1970, Salvador Allende foi eleito presidente do Chile. Através da aliança socialista-comunista com a Unidade Popular, ele pretendia nacionalizar os maiores conglomerados econômicos no país, buscando a implementação do socialismo por vias pacíficas.
Contudo, durante o primeiro ano no poder, o presidente recém-eleito não conseguiu maioria no Congresso para colocar em prática seu programa de governo. Com apenas 36% de apoio, os pontos principais do projeto socialista foram atrasados. Ainda assim, Allende deu prosseguimento à estatização de outros setores, como o setor energético, bancário e deu início à reforma agrária.
Ao mesmo tempo em que iniciou seu plano de nacionalização de diversos setores, o presidente conseguiu frear a crise econômica que estava instalada no país. Após 3 anos, com uma forte presença da Unidade Popular no Congresso, a oposição, apoiada pelas grandes indústrias e pelos militares, começou a preparar um golpe para destituir o governo instituído.
Após uma primeira tentativa de golpe que não deu certo, a oposição buscou mais alianças e se reorganizou para uma nova estratégia. Finalmente, em 11 de setembro de 1973, devido às pressões advindas da oposição, Salvador convocou um plebiscito para que a população decidisse se ele continuaria na presidência.
O golpe militar e o assassinato do presidente Salvador Allende
A ideia de Allende foi frustrada quando o General Augusto Pinochet, supostamente seu aliado, avisou e rearticulou o golpe junto da oposição para a data do plebiscito: 11 de setembro de 1973. Nesse dia, o palácio presidencial da Moneda foi cercado e tomado por tanques das Forças Armadas.
Em um último momento, Salvador Allende se dirigiu ao povo pela rádio da Central Única dos Trabalhadores, despedindo-se e apostando na força dos trabalhadores e dos jovens para recuperarem o país. Pouco tempo depois, o palácio foi ocupado pelas forças militares e Allende foi assassinado. O golpe estava dado e por 26 anos, o Chile viveu uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina.