O crime cometido por Anton Dostler
Na noite de 22 de março de 1944, dois oficiais e treze homens alistados do 2677º Batalhão de Reconhecimento Especial do Exército dos Estados Unidos, desembarcaram uniformizados de alguns barcos da Marinha na costa italiana, perto de Stazione di Framura, com a missão de destruir um túnel ferroviário na linha principal entre La Spezia e Gênova que era usado pelas forças alemãs para suprir suas forças de combate nas frentes de Monte Cassino e a cabeça de praia Anzio. Todo o grupo foi capturado na manhã de 24 de março de 1944 por uma patrulha composta de soldados fascistas italianos e um grupo de membros do Exército alemão. Os quinze homens foram interrogados em La Spezia e mantidos sob custódia até a manhã de 26 de março de 1944, quando sob ordens do general Anton Dostler, foram todos executados por um pelotão de fuzilamento, sem direito a julgamento ou audiência.
Dostler declarou em sua defesa que ordenou a execução baseada na ordem emitida diretamente por Adolf Hitler em 18 de outubro de 1942, que estabelecia que soldados Commandos não fossem feitos prisioneiros de guerra, sendo que o oficial alemão que desrespeitasse tal ordem poderia ser julgado por uma corte marcial.
Anton Dostler ingressou na Wermarcht em 1910 e serviu como um oficial subalterno durante a Primeira Guerra Mundial. Dentre suas atribuições durante a Segunda Guerra Mundial, comandou o 75º Corpo de Exército entre janeiro e julho de 1944 na Itália.