O histórico show do Audioslave em Havana
O Audioslave tocou na Plaza Tribuna Antimperialista José Martí, local especialmente construído por ordem de Fidel Cadastro para a realização de comícios e manifestações do povo cubano, incluindo protestos em massa contra o governo dos EUA. O concerto, autorizado pelo Instituto Cubano de La Musica e por autoridades norte-americanas, atingiu a juventude cubana e foi acompanhado de perto por mais de 60.000 pessoas. O rock já foi visto com uma grande dose de desconfiança em Cuba. Durante os anos 1960 e 1970, ter cabelos longos ou possuir um álbum dos Beatles era considerado quase uma atitude contrarrevolucionária pelas autoridades da ilha. Restrições recíprocas entre os governos dos EUA e de Cuba muitas vezes impossibilitaram o intercâmbio musical entre ambos os países.
Durante a apresentação, o Audioslave tocou 26 músicas (sendo que 18 estão no DVD). Grandes sucessos, incluindo Like a Stone, Your Time Has Come, Be Yourself e Gasoline, além de uma seleção de músicas antigas dos grupos precursores do Audioslave (Soundgarden e Rage Against the Machine), inflamaram a multidão presente ao longo da beira-mar de Havana.
O grupo californiano, criado em 2001 e dissolvido em 2007, era composto por Chris Cornell (vocalista), Tom Morello (guitarrista), Tim Commerford (backing vocal e baixista) e Brad Wilk (bateirista). Em seus seis anos de existência, o Audioslave lançou três álbuns (Audioslave, Out of Exile e Revelations) e recebeu três nomeações ao Grammy.
Imagens do show do Audioslave em Cuba.
Atualmente, Havana possui uma estátua de John Lennon. Já em 2001, quando o grupo britânico Manic Street Preachers tocou em Cuba, Fidel Castro estava sentado na primeira fila.