Al Capone: fatos e fotos marcantes do mafioso Scarface

Al Capone: fatos e fotos marcantes do mafioso Scarface

Al Capone

Al Capone, o mafioso mais conhecido dos Estados Unidos, enquanto assistia um jogo de futebol-americano.

Al Capone, o maior mafioso da história americana, liderou a Chicago Outfit durante o auge da Lei Seca e foi considerado o “Inimigo Público Número 1 dos Estados Unidos”. Durante seu reinado, “Scarface”, como era conhecido, comprou políticos, policiais e juízes e comandou jogos de azar, bordéis, bares clandestinos, corridas de cães, bem como monopolizou o grande negócio proibido de bebidas alcoólicas.

A vida de Al Capone no crime

Al Capone era filho de imigrantes italianos e cresceu no Brooklyn, em Nova Iorque. Na década de 1920, se mudou para Chicago e passou a integrar a gangue de Johnny “O Terrível” Torrio. Em 1925, Torrio foi substituído por Al Capone e se retirou da vida criminosa após ser gravemente ferido pela gangue rival, liderada por George “Bugs” Moran. Em um curto espaço de tempo, Al expandiu os negócios e colocou diversas outras gangues sob seu comando. Estima-se que a Chicago Outfit contava com cerca de 700 membros fortemente armados com escopetas e submetralhadoras. No auge de seu poder, em 1927, quando tinha apenas 28 anos de idade, Al Capone arrecadou U$ 105 milhões e ostentou toda sua fortuna com roupas de luxo, jóias, além de comprar para si e seus guarda-costas, seções inteiras de assentos de teatro.

Scarface (cara de cicatriz)

Al Capone, o Scarface

Uma das raras fotos de Al evidenciando suas cicatrizes no rosto, marca que obteve em uma briga na adolescência.

Al Capone tinha o apelido de Scarface (“Cara de Cicatriz”), devido a uma cicatriz do lado esquerdo de sua face que contraiu durante uma briga. A versão conhecida diz que quando ainda era jovem, Al trabalhava em uma pousada em Coney Island, quando em uma noite, fez um comentário impróprio para uma mulher no bar, fazendo com que o irmão dela acertasse um soco que cortou seu rosto, deixando a famosa cicatriz que lhe rendeu seu famoso apelido.

o lado filantrapo de Al

Trabalhadores desempregados fazem fila para se alimentar de graça em Chicago durante a Grande Depressão. A placa anunciava

Trabalhadores desempregados fazem fila para se alimentar de graça em Chicago durante a Grande Depressão. O cartaz anunciava “Copos de café e rosquinhas grátis para os desempregados””.

Quando a Bolsa de Valores quebrou e a Grande Depressão atingiu os Estados Unidos em 1929, Al Capone foi a primeira pessoa a abrir refeitórios para os trabalhadores desempregados. Também instituiu um programa que forneceu leite gratuitamente para crianças em idade escolar em toda Chicago. Além disso, ordenou lojistas para que doassem alimentos e roupas aos pobres às suas próprias custas. Graças a essas atitudes generosas, algumas pessoas o consideravam como um “Robin Hood dos tempos modernos”.

O carro favorito

Carro blindado de Al Capone

Mafiosos ao lado de um dos carros da Chicago Outfit.

O carro favorito de Al Capone era um Cadillac Sedan 1928 V8 customizado por Joe Bergl. O modelo era blindado com placas de aço e janelas à prova de balas. Em 1971, um dos veículos desse modelo que Al Capone possuía foi vendido em um leilão em 1971 por U$ 37.000 (trinta e sete mil dólares). O lance vencedor foi cerca de U$ 8.000 (oito mil dólares) a mais do que o preço pago pelo Lincoln Continental Sedan 1963 que pertencia ao ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.

O Massacre do Dia de São Valentim

Massacre do Dia de São Valentim

Cadáveres espalhados no chão no dia do Massacre do Dia de São Valentim

Em 1929, durante o Dia de São Valentim (data em que se comemora o Dia dos Namorados nos Estados Unidos), os atiradores de Al Capone foram até um depósito clandestino em Lincoln Park, Chicago, pertencente ao mafioso rival George “Bugs” Moran. Disfarçados de policiais, fingiram realizar uma “batida policial” e metralharam 7 rivais inimigos à queima roupa. Apenas um cão da raça pastor-alemão foi poupado durante a chacina. Ninguém nunca foi julgado ou sequer responsabilizado criminalmente pelo conhecido “Massacre de São Valentim”.

Al Capone é preso por desacato

Al Capone conversa com um homem antes de comparecer ao júri em março de 1929.

Al Capone conversa com um homem antes de comparecer ao júri em março de 1929.

Em março de 1929, Al Capone foi intimado pelo Bureau of Investigation (renomeado posteriormente para Federal Bureau of Investigation – FBI – em 1935), a comparecer a um Grande Júri Federal em Chicago. Depois de adiar o comparecimento alegando problemas de saúde, Scarface compareceu perante o júri no dia 20 de março de 1929, contudo, ao deixar o foro, foi preso por desacato ao tribunal. O mafioso foi preso e liberado logo em seguida, e uma audiência referente ao seu desprezo pela justiça foi marcada para uma data futura.

Capa da revista Time

Al Capone aparece como capa da revista Time do dia 24 de março de 1930.

Capa da revista Time do dia 24 de março de 1930.

Al Capone se tornou uma celebridade nos Estados Unidos e sua foto apareceu como capa da revista semanal Time no dia 24 de março de 1930. Scarface possuía muitos amigos no meio empresarial, político e artístico. Apesar de sua reputação violenta e sua ligação com o crime organizado, assumiu ares de respeitabilidade como um legítimo empresário e filantropo.

A Prisão de Scarface em 1931 por sonegação de impostos

Al Capone é condenado por sonegação de impostos em 1931 e cumpre pena em Alcatraz

Al Capone é condenado por sonegação de impostos em 1931 e cumpre pena em Alcatraz

Al Capone foi condenado tão somente em 1931 por sonegação de impostos. Primeiramente, cumpriu pena na Prisão Federal de Atlanta e, em 1934, foi transferido para a famosa prisão de Alcatraz, na baía de São Francisco. Durante seu tempo em Alcatraz, adoeceu, resultado de um caso antigo de sífilis. Libertado em 1939, após ficar apenas sete anos, seis meses e 15 dias atrás das grades, viveu uma vida reclusa e tranquila até sua morte.

A morte de Al Capone

O funeral de Al Capone

O funeral de Al Capone

O notório gangster Al Capone morreu no dia 25 de janeiro de 1947 em sua casa na Flórida, vítima de um acidente vascular cerebral e pneumonia. Ele foi enterrado em um jazigo da família no Mount Olivet, cemitério de Chicago, em uma cerimônia simples conduzida pelo padre da família (o arcebispo proibiu que fosse realizado um grande funeral). O Monsenhor William Gorman disse aos repórteres: “A Igreja nunca tolera o mal… esta breve cerimônia serve para reconhecer sua penitência e o fato de que ele morreu fortificado pelos sacramentos da Igreja”. Os restos mortais de Al Capone foram posteriormente transferidos para uma sepultura no cemitério de Mount Carmel, no Condado de Cook, Illinois.

Revólver leiloado

Revólver Colt de Al Capone leiloado

Revólver Colt de Al Capone leiloado.

Em 2011, o revolver modelo Colt .28 banhado a níquel pertencente ao mafioso e fabricado em maio de 1929 (apenas seis meses após o Massacre do Dia de São Valentim), foi vendido em Londres pela casa de leilões Christie para um colecionador particular pelo valor de U$ 110.000 (cento e dez mil dólares).

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Referências:
Al Capone – Chicago Crime Boss and Bootlegger. Thought.Co.
15 Fascinating Facts about Al Capone. Your Topic.
Al Capone Facts. American Historama.
Tamerlan Tsarnaev Is Buried in Virginia: Where Other Notorious Criminals Were Laid To Rest. Time Magazine.
Al Capone’s Handgun Sells for $110,000 At Auction. Time Magazine.
Pablo Escobar – a impressionante história do “Patrão do Mal”

Pablo Escobar – a impressionante história do “Patrão do Mal”

Durante a segunda metade do século XX, a Colômbia conheceu e temeu Pablo Emilio Escobar Gaviria, um dos maiores criminosos da história mundial. As organizações criminosas comandadas por Escobar chegaram a movimentar mensalmente mais de 100 milhões de dólares. Escobar fundou o Cartel de Medellín e acumulou uma fortuna pessoal superior a 3 bilhões de dólares, sendo apontado pela revista Forbes como o terceiro homem mais rico do mundo.

O início da vida criminosa de Pablo Escobar

A vida criminosa de Pablo Escobar começou de forma bem discreta. Roubava lápides em cemitérios, regravava-as e depois as vendia. Passou a furtar veículos nas ruas de Medellín, sendo preso pela primeira vez no dia 25 de setembro de 1974, quando dirigia um veículo roubado vinte dias antes, pertencente a Guillermo Garcia. Preso na cadeia de Bellavista, escapou em 30 de maio de 1975. Foi iniciado no tráfico de cocaína pelo seu primo Gustavo Gaviria. A visão empresarial de Escobar, aliada a sua falta de escrúpulos, transformaram-no rapidamente em um líder inquestionável. Na década de 1970, tornou-se uma peça chave no tráfico internacional de drogas. Ainda na década de 1970, Escobar já era conhecido no submundo de Miami como El Padriño (O Padrinho) e em 1977 foi identificado como um traficante de cocaína pelo FBI.

Em 1978, uma investigação contra Pablito foi empreendida pelo governo americano, decorrente do contrabando de 19 toneladas de drogas por via marítima, organizado pela companhia do americano John Doe e dos colombianos Carlos Ledher e irmãos Jorge Luis e Juan David Ochoa Vásquez.

Pablo Escobar Preso

Pablo Escobar preso quando ainda era jovem.

O poder e a fortuna de “Pablito” Escobar eram imensuráveis, a ponto de, segundo um relatório de 1981 do DEA (Departamento Antidrogas dos Estados Unidos), o criminoso ter formado seu próprio exército paramilitar (seus soldados eram conhecidos como sicarios) para combater o Estado, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e posteriormente a guerrilha Los PEPES (Pessoas Perseguidas por Escobar). Os soldados de Escobar, espalharam o terror e derramaram sangue por toda a Colômbia em mais de uma década de atentados e assassinatos.

Para tentar ocultar seus negócios com o narcotráfico e obter apoio popular para iniciar uma carreira política, Pablo Escobar realizou várias obras beneficentes para os pobres, incluindo a inauguração de vários campos de futebol e a construção de um bairro inteiro conhecido como Medellín sin Tugurios (Medellín sem Favelas).

Pablo Escobar e o Futebol

Pablo Escobar foi dono do tradicional clube colombiano Atlético Nacional, e usava de ameaças e subornos para que seu clube ganhasse as partidas.

O período conhecido como Narcoterrorismo

Pablo Escobar impôs a membros do governo, polícia e militares da Colômbia sua própria lei, conhecida como plata o plomo (dinheiro ou chumbo), na qual as pessoas que não aceitavam seu suborno eram “presenteadas” com uma crivada de balas.

Foi eleito como suplente do congressista Jairo Ortega Ramírez, no entanto, o substituiu desde a primeira sessão no Congresso, angariando assim, grande influência em todos os setores civis, econômicos, religiosos e sociais do país.

Em 1983, foi denunciado e expulso do Congresso por outro congressista, Rodrigo Lara Bonilla, que posteriormente se tornou Ministro da Justiça. Bonilla iniciou um intercâmbio de informações com a inteligência dos Estados Unidos, que resultou na localização de Tranquilandia, um laboratório ilegal utilizado por Pablo Escobar para processar cerca de 20 toneladas de cocaína por mês. Após o fechamento do laboratório, Escobar e o Cartel de Medellín cortaram relações com as FARC.

Em 1984, tendo em vista a necessidade proteger os laboratórios de processamento de cocaína e demais membros do grupo, ameaçados de serem capturados e extraditados para os Estados Unidos, Escobar criou uma nova organização de assassinos, denominados “Los Extraditables”, que assassinou o Ministro da Justiça Rodrigo Lara Bonilla no dia 30 abril de 1984, um ano depois do magistrado Tulio Manuel Castro Gil (que investigava a morte do Ministro) e no dia 30 de outubro de 1986 o magistrado Gustavo Zuluaga Serna, que investigava ambas as mortes. O grupo também foi responsável por dezenas de outras mortes de funcionários do judiciário.

Rodrigo Lara Bonilla

Rodrigo Lara Bonilla, Ministro da Justiça da Colômbia, assassinado no dia 30 de abril de 1984.

Guillermo Cano Isaza, diretor do jornal colombiano El Espectador, publicou na edição de 14 de setembro de 1983, imagens de Escobar quando traficava cocaína entre Tulcán (Equador) e Medellín. No entanto, nenhuma edição do jornal chegou a ser vendida em Medellín, vez que os caminhões que levavam as impressões foram interceptados durante o percurso. No dia 17 de dezembro de 1986, quando saia da redação do El Espectador, Guillermo Cano também se tornou mais uma vítima fatal de Pablo Escobar.

Guillermo Cano

Guillermo Cano, diretor do jornal El Espectador, assassinado por sicarios na saída da redação. Foto: El Espectador.

O dinheiro ilimitado de Pablo Escobar e sua organização criminosa lhe permitia contratar mercenários bem treinados de diversas partes do mundo, incluindo israelenses, britânicos e sul-africanos. São atribuídos mais de 90 massacres ao grupo paralimitar de Escobar apenas no ano de 1986.

Durante a campanha presidencial de 1989, assassinou o candidato presidencial Luis Carlos Galán, seu opositor, que possuía uma clara vantagem nas pesquisas de intenção de voto e já era apontado como o próximo presidente.

Luis Carlos Galán

Luis Carlos Galán, candidato a presidência em 1989, assassinado por Escobar.

DAS - Bomba - Pablo Escobar

Pablo Escobar também dinamitou o edifício da DAS, a polícia secreta colombiana, na tentativa de assassinar seu diretor, o general Miguel Alfredo Maza Márquez, que saiu ileso, apesar do prédio ter sido completamente destruído e do ataque ter custado a vida de cerca de setenta pessoas. Foto: El Espectador.

A tomada do Palácio da Justiça em novembro de 1985

Holocausto do Palácio de Justiça - Colombia

Um sangrento confronto entre paramilitares e forças do governo sucedeu a invasão do Palácio de Justiça. Foto: El Tiempo

A tomada do Palácio da Justiça, em Bogotá, também conhecida como Operación Antonio Nariño e Holocausto do Palácio de Justiça, ocorreu em 6 de novembro de 1985, sendo executada pelo grupo paramilitar Movimiento 19 de abril (M-19), financiado pelo Cartel de Medellín. Tal incursão foi contra-atacada imediatamente pela Polícia Nacional e pelo Exército Colombiano. A retomada do Palácio se estendeu durante as 27 horas seguintes. O M-19 manteve cerca de 350 reféns sob seu poder, entre magistrados, conselheiros de Estado, servidores público e visitantes. 98 pessoas morreram durante os confrontos, incluindo 11 magistrados e outras 10 pessoas foram consideradas desaparecidas. O episódio foi qualificado como um “massacre” e “holocausto” pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Segundo depoimentos prestados a uma Comissão da Verdade em 2005, Pablo Escobar teria pago 2 milhões de dólares ao M-19 para que o grupo tomasse o Palácio da Justiça.

O dia em que Pablo Escobar mandou derrubar um avião

Acidente Voo HK 1803 Avianca

Local da queda do Boieng 727 da Avianca, derrubado por uma bomba que havia sido plantada a bordo pela organização criminosa de Pablo Escobar

As 07 horas e 13 minutos do dia 27 de novembro de 1989, o Boeing 727 pilotado pelo capitão José Ignacio Ossa decolou da cidade de Cáli. Minutos depois, o voo HK 1803 da Avianca perdeu contato com a torre de controle e, nesse mesmo momento, habitantes do município de Soacha começaram a comunicar que teriam avistado um avião explodir em pleno ar. O que se pensava se tratar de um acidente aéreo causado por alguma falha técnica, transformou-se em uma nefasta constatação de um ato de narcoterrorismo, sem precedentes até então. Não houve sobreviventes. A bomba plantada pelo cartel de Medellín havia deixado um saldo de 107 pessoas mortas.

Apenas ferro retorcido, pedaços de avião, bagagens espalhadas e corpos mutilados em um raio de mais de 5km². Durante as investigações conduzidas pela Justiça e pela Força Aérea da Colômbia, com o apoio do FBI (Escritório Federal de Investigações dos Estados Unidos), foi descoberto que o atentado havia sido arquitetado por Pablo Escobar e respaldado por outros mafiosos, como Dario Usma Cano. Os mafiosos acreditavam que no voo estaria o candidato a presidência César Augusto Gaviria Trujillo, que também havia viajado a partir de Calí nesse mesmo dia, contudo, Trujillo estava em um avião particular. Seis meses depois do atentado terrorista César Gaviria seria eleito presidente da Colômbia, cargo que ocupou até 1994.

O atentado contra o voo HK 1803 da Avianca deixou na memória dos colombianos uma mostra significativa do poder da organização liderada por Pablo Escobar.

O astuto jogo político de Escobar

Pablo Escobar em 1991

Pablo Escobar em foto tirada no ano de 1991.

Depois de aterrorizar com atos de violência o governo do presidente César Gaviria Trujillo, Pablo Escobar se entregou a Justiça em junho de 1991, sob a condição de não ser extraditado para os Estados Unidos. Nessa instância, Escobar já havia consolidado seu monopólio sobre todas as rotas aéreas e marítimas de exportação de cocaína. Ficou recluso em La Catedral, prisão no município de Envigado, construída seguindo as especificações do próprio Escobar. No entanto, o cárcere não impediu Pablo Escobar de continuar cometendo crimes e comandar o Cartel de Medellín. Durante esse período, Escobar ordenou a morte dos de seus velhos companheiros de máfia, entre eles os irmãos Moncada Galeano.

O assassinato dos irmãos Moncada deu origem a um novo grupo paramilitar. O Los Pepes (Perseguidos Por Pablo Escobar) utilizava das mesmas táticas terroristas e de guerrilha para enfrentar o poderoso chefe do crime. O grupo começou a assassinar advogados de Pablo Escobar, plantar bombas em suas propriedades e colocar o país de vez em uma onda de violência e banho de sangue.

No dia 20 de julho de 1992, depois de receber a notícia de que seria transferido de prisão, Escobar empreendeu uma fuga tranquila e voltou a comandar suas operações criminosas fora das grades.

A morte de Pablo Escobar

Pablo Escobar Morto

“Es Pablo, es Pablo… ¡Viva Colombia! ¡Está muerto!”
Hugo Heliodoro Aguilar – Líder da operação que matou Pablo Escobar.

No dia 2 de dezembro de 1993, às 14:59, horário local, Pablo Escobar finalmente tombou sem vida perante a uma unidade de elite comandada pelo Coronel Hugo Martinez. A inteligência colombiana havia rastreado uma ligação de Escobar a seu filho, proveniente da casa número 450-94 da rua 79.

A operação militar durou apenas 15 minutos. Escobar e sua escolta abriram fogo contra os militares. O guarda-costas pessoal de Escobar, Álvaro de Jesús Agudelo, conhecido como El Limón, foi responsável por tentar atrasar o grupo de ataque ao mesmo tempo que Pablo Escobar subia ao telhado da casa, na tentativa de escapar. No entanto, Pablito foi alvejado várias vezes e teve uma morte instantânea. O cadáver do poderoso traficante foi levado ao Instituto de Medicina Legal para autopsia, sendo constatado que se tratava efetivamente do corpo do criminoso mais procurado da história da Colômbia. Pablo Emilio Escobar Gaviria era filho de Abel Escobar e Hernilda Gaviria de Escobar. Nasceu no município de Rionegro, em 1º de dezembro de 1949 e morreu aos 44 anos.

Pablo Escobar casou-se em 1976 com Maria Victoria Henao Vellejo, na época com apenas 15 anos. Deixou dois filhos, Juan Pablo e Manuela. Pablito sempre foi conhecido por seus casos extramatrimoniais, sobretudo com garotas menores de idade. Um de seus casos foi com Virginia Vallejo, que posteriormente se tornou uma personalidade famosa na televisão colombiana.

Escobar foi responsável por mais de 6.000 homicídios durante sua carreira criminosa e por proporcionar a Colômbia um dos mais funestos períodos de sua história. O túmulo de Pablo Escobar em Medellín virou atração turística e recebe milhares de visitantes todos os anos.

Túmulo Pablo Escobar

Túmulo de Pablo Escobar virou atração turística. Foto: Associated Press

Grafite de Pablo Escobar

Grafite de Pablo Escobar com a inscrição “San Pablo”. Autor desconhecido.

Referências
Narcotráfico en Colombia. Pablo Escobar, El peor criminal de nuestra historia.
Los delitos de Pablo Escobar. Asesinado magistrado de Medellín.
Pablo Escobar – el narcotraficante más grande jamás conoci.
La historia negra del fútbol nacional: gran especial de Futbolred.
Crímenes de Pablo Escobar. Asesinado el ministro de Justicia Rodrigo Lara Bonilla.
Asesinado el director de El Espectador.
Biography of Pablo Escobar. Colombia’s Drug Kingpin. About.com
El fatídico vuelo del HK 1803 de Avianca. El Espectador.
En un tejado acabó la carrera del capo.
A Pablo Escobar lo mató su propia imagen.