Kang Dong: a residência dos ditadores da Coréia do Norte

Kang Dong: a residência dos ditadores da Coréia do Norte

Foto de satélite - Complexo Kangdong

Foto de satélite tirada do complexo “Kang Dong”, datada do dia 13 de novembro de 2011. Google Earth.

A Vila de Kang Dong

Construído na década de 1980 e expandido a partir da década de 1990, o complexo Kang Dong pertence à família do falecido ditador da Coréia do Norte, Kim Jong Il. Sob a ordem do ex-ditador, estima-se que já foram gastos cerca de 140 milhões de dólares para construir o complexo, que fica localizado no subúrbio de Pyongyang, capital do país. A vila é equipada com um hipódromo que ocupa 100.000 m², piscina, campo de futebol, lago artificial, além de outras luxuosidades, como pistas de boliche, stands de tiro e pista de patinação, em um país onde povo sofre com a fome há várias décadas. A área total da construção ultrapassa os 370.000 m². Ainda de acordo com relatos de fugitivos da Coréia do Norte e fotos captadas por satélites, existem dezenas de residências de luxo pertencentes à família do ex-ditador espalhadas por todo o país.

Kang Dong

Edifício principal do complexo Kang Dong, localizado no centro da propriedade ao redor de um lago com uma fonte de água no centro. No edifício principal se hospedam os principais parentes do ditador King Jong-un, filho do falecido King Jong II. Foto datada de 10 de junho de 1989. Autor desconhecido.

Edifício principal do complexo Kang Dong

Edifício principal do complexo Kang Dong. Foto datada de 10 de junho de 1989. Autor desconhecido.

Referências.
Google Earth.
Muzeum Komunismu (Museu do Comunismo de Praga)
DailyNK. Seoul. Kim Jong Il, Where He Sleeps and Where He Works.
O discurso de João Paulo II em Varsóvia, Polônia, 1979

O discurso de João Paulo II em Varsóvia, Polônia, 1979

Discurso de João Paulo II em Varsóvia, Polônia, 1979

João Paulo II discursa para mais de meio milhão de poloneses na Praça da Vitória no dia 2 de junho de 1979.

A primeira metade do pontificado do papa João Paulo II ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e nos países do Leste Europeu e do mundo.

O Discurso do Papa João Paulo II

Muitos poloneses consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidarność (em português Solidariedade), primeiro movimento sindical não-comunista em um país comunista. Nos anos 1980 o Solidariedade constituiu um amplo movimento social anti-comunista. O avião de João Paulo II decolou de Roma em direção à Varsóvia no dia 2 de junho de 1979. Todas as igrejas da Polônia tocaram seus sinos em sinal de boas-vindas ao pontífice. João Paulo, ao desembarcar, ajoelhou-se e beijou o solo polonês. Foi recebido por Henryk Jablonski, chefe do Conselho de Estado da Polónia pelo Partido Operário Unificado Polaco, e pelo cardeal polônes Stefan Wyszynski.

Chegou as 16 horas à Praça da Vitória – lugar da primeira Santa Missa celebrada pelo Papa João Paulo II. Em sua homilia, foi ovacionado pela população e terminou seu discurso com as seguintes palavras: “E eu choro – eu que sou um filho da terra da Polônia e que sou também o Papa João Paulo II – Eu choro de todas os abismos deste milênio, eu choro na vigília de Pentecostes: deixe o seu Espírito descer! Deixe o seu Espírito descer! E renovai a face da terra. A face desta terra!”

Papa João Paulo II na Polônia durante missa na cidade de Czestochowa, junho de 1979. PAP.

A primeira peregrinação do Papa João Paulo II na Polônia deu origem a uma transformação política. Esperava-se que o “bispo rebelde de Roma” reacendesse as aspirações de liberdade dos poloneses. João Paulo II chegou a ser comparado com São Estanislau, ex-bispo de Cracóvia, santo e mártir da Igreja Católica, morto por desobediência à autoridade civil no ano de 1079.

“Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante”, acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. “Foi o papa que nos disse para não ter medo.” Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma “revolução sem sangue” e encorajaram outros países do bloco comunista a se libertarem de Moscou. A data tornou-se simbólica como o fim do socialismo real. O movimento sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.

Praça Vitória - Varsovia, 2012.

Praça “Vitória” (Victory Square ou Plac Marszałka Józefa Piłsudskiego) – Inscrição encontrada sob os pés da cruz na Praça Vitória, em Varsóvia.  Foto: Italo Magno Jau. 2012.

Niech zstąpi Duch Twój! Niech zstąpi Duch Twój! I odnowi oblicze ziemi. Tej ziemi! Amen. (Deixe o seu Espírito descer! Deixe o seu Espírito descer! E renovai a face da terra. A face desta terra!”). Foto: Italo Magno Jau. 2012.

Referências:
Wpolityce.pl
Gianni Carta. “O ano em que a cortina caiu”, Carta Capital, número 549, 10 de Junho de 2009.
Warsaw Uprising Museum (Warsaw Rising Museum, Muzeum Powstania Warszawskiego). Visitado em Julho de 2012.
Papa João Paulo II. Wiki.
A construção e queda do icônico muro de Berlim

A construção e queda do icônico muro de Berlim

Soldado alemão ajudando uma criança a voltar para o lado Oriental. Ações como essa eram extremamente perigosas, pois podiam ser encaradas como traição. Foto: Museum Syndicate.

Soldado alemão ajudando uma criança a voltar para o lado Oriental do Muro de Berlim. Ações como essa eram extremamente perigosas, pois podiam ser encaradas como traição. Foto: Museum Syndicate.

Durante 28 anos, vizinhos, familiares e amigos viram suas relações cortadas com aqueles que amavam devido à cisão da Alemanha em duas: Alemanha Ocidental e Oriental, separadas pelo icônico Muro de Berlim.

A construção e queda do Muro de Berlim

A construção do Muro de Berlim começou em 13 de agosto de 1961 e simbolizou a separação ideológica, política e econômica pela qual o mundo passava e havia se formado após o fim da Segunda Guerra Mundial. Primeiramente as duas partes da Alemanha ficaram separadas apenas por uma cerca improvisada de arame. Posteriormente, o muro começou a ser construído; de um lado estava o Capitalismo, do outro o Socialismo. O mundo agora estava pautado em uma nova Ordem Mundial: a bipolaridade. Para alguns defensores do Capitalismo, a Alemanha Ocidental representava a liberdade e a porção Oriental a prisão. O fato é que a passagem de um lado para o outro era proibido, contudo, muita gente tentou atravessar a barreira física construída, arriscando a própria vida nessa empreitada.

Finalmente em 9 de novembro de 1989, após mais de 20 anos de cisão, com o fim próximo da União Soviética, o muro foi derrubado sob os olhares do mundo. Mais que o fim de uma barreira física, aquele ato foi também o símbolo de uma Era que ruía junto com o império soviético. A queda do muro de Berlim representou a vitória do Capitalismo e o enterro daquele cenário político mundial que havia nascido pós-Segunda Guerra Mundial.

Fotos do Muro de Berlim

Soldados da Alemanha Oriental formam uma barreira no lugar onde seria construído o muro para impedir que as pessoas passem de um lado ao outro. Foto: Deutsches Bundesarchiv

Soldados da Alemanha Oriental formam uma barreira no lugar onde seria construído o muro para impedir que as pessoas passem de um lado ao outro. Foto: Deutsches Bundesarchiv

Soldado pulando do lado Oriental para o Ocidental após terminar de colocar a cerca de arame. Foto: © picture-alliance/dpa

Soldado pulando do lado Oriental para o Ocidental após terminar de colocar a cerca de arame. Foto: © picture-alliance/dpa

Construção do muro de Berlim. Foto: © picture-alliance/dpa

Construção do muro de Berlim. Foto: © picture-alliance/dpa

O dia em que as duas Alemanhas voltariam a ser uma, 1989. Foto:© picture-alliance/dpa

O dia em que as duas Alemanhas voltariam a ser uma, 1989. Foto:© picture-alliance/dpa

Quando o muro caiu, 1989. Milhares de pessoas passam para o lado Ocidental para uma breve visita. Foto: © picture-alliance/dpa

Quando o muro caiu, 1989. Milhares de pessoas passam para o lado Ocidental para uma breve visita. Foto: © picture-alliance/dpa

Referencias:
urlong, Ray. “Berlin Wall memorial is torn down”. BBC News.
Images of the Berlin Wall. German Mission in the United States.