Crianças sendo deportadas do Gueto de Lodz

Crianças do gueto de Lodz sendo enviadas para o campo de extermínio de Chelmno durante a ação “Gehsperre”, 1942.

A operação Gehsperre e a deportação das crianças do gueto de Lodz

Em 1942, nas primeiras semanas de setembro, a SS promoveu a ação “Gehsperre”. Durante 7 dias, crianças, idosos e doentes, num total de mais de 20 mil pessoas, foram deportados do gueto de Lodz e vilas vizinhas para o primeiro campo de extermínio que fora criado: Chelmno. Nas palavras de Himmler, Chelmno era uma das “death boxes” (“caixas da morte”). Os prisioneiros ao chegarem no campo de extermínio eram recebidos por homens de jaleco branco e enviados para uma sala onde retiravam as roupas e deixavam os pertences.

O passo seguinte consistia em colocar todos os recém chegados dentro de um caminhão, onde as portas eram lacradas e um tubo conectado ao escapamento do veículo era ligado à câmara dos prisioneiros. Em 10 minutos a maioria morria sufocada por asfixia pelo monóxido de carbono. Quem permanecesse vivo seria executado pelos guardas. Apenas 5% daqueles que viviam no gueto de Lodz sobreviveram ao final da guerra, segundo dados levantados pelo jornal The Independent.

Referências:
Foto: Instytut Pamieci Narodowej, Poland, 1 de setembro de 1942. ID: 50328. United State Holocaust Memorial Museum.
“Children from the Marysin colony who were rounded-up during the “Gehsperre” action in the Lodz ghetto, march in a long column towards a deportation assembly point.”. United State Holocaust Memorial Museum.
“The last ghetto: life and death in Lodz”. The Independent.

Polonês chora diante do pelotão de fuzilamento em setembro de 1939

Um civil polonês chora diante do pelotão de fuzilamento em setembro 1939. Na imagem é possível observar a reação de cada um dos homens ali presentes, indo do medo à postura desafiadora e sorriso diante da morte.

O Domingo Sangrento em Bydgoszcz

A foto foi tirada durante o evento histórico conhecido como Domingo Sangrento que aconteceu na cidade polonesa de Bydgoszcz. Entre os dias 3 e 4 de setembro, o exército Nazista, por meio da Wehrmacht, executou diversos reféns poloneses como retaliação ao confronto contra as tropas poloneses. O evento resultou na morte de civis alemães e poloneses, confirmando cerca de 360 mortes. Após a vitória Nazista, o número de morte de poloneses ficou entre 1500 e 3000 civis, cujo local de execução ficou conhecido como Vale da Morte.

Foto: Autor desconhecido.

Aracy de Guimarães Rosa: o “Anjo de Hamburgo”

Aracy Guimarães Rosa, também conhecida como “O Anjo de Hamburgo”, foi esposa de João Guimarães Rosa, diplomata e um dos maiores escritores brasileiros (autor de “Grande Sertão: Veredas”, dentre outras obras).

Aracy de Guimarães Rosa: o “Anjo de Hamburgo”

De 1938 a 1942, durante o auge da perseguição nazista aos judeus pela Alemanha de Adolf Hitler, Aracy, que trabalhava no consulado brasileiro em Hamburgo, corajosamente enfrentou a Circular Secreta número 1.127, implementada por Getúlio Vargas e que restringia a entrada de judeus no Brasil. Sua tática era audaciosa: como despachava costumeiramente com o Cônsul Geral, misturava entre as pilhas de documentos, papéis que concediam vistos para que judeus pudessem fugir da Alemanha (ela omitia qualquer informação que identificasse um requerente judeu e ainda forjava atestados de residência falsos para possibilitar que judeus de todas as partes do país solicitassem visto em Hamburgo).

Aracy Guimarães Rosa é a única brasileira laureada com o título de “Justos Entre as Nações”, a mais alta honraria para “não judeus” que se arriscaram para proteger vítimas do Holocausto. Ela nunca aceitou presentes ou dinheiro pela ajuda que concedeu aos judeus. É uma mulher que representa a sensibilidade, força e brilho das mulheres que espalham o amor por onde passam.

O último judeu de Vinnitsa

O último judeu de Vinnitsa

O último judeu de Vinnitsa

Foto encontrada no bolso de um soldado alemão durante a Segunda Guerra Mundial contendo os seguintes dizeres rabiscados no verso: “Último judeu em Vinnytsia”. Neste dia, 28 mil judeus foram executados.

O mais provável é que uma das fotos mais icônicas da Segunda Guerra Mundial e do Século XX tenha sido tirada em 22 de setembro de 1941, dia em que ocorreu o segundo massacre na cidade de Vinnitsa (Vinnytsia), localizada na Ucrânia.

O massacre dos judeus de Vinnitsa

Os responsáveis pelas execuções foram soldados alemães pertencentes ao Einsatzgruppen – grupos paramilitares formados por Heinrich Himmler e operacionalizados pela Schutzstaffel (SS) – que, entre 1941 e 1945, mataram mais de 1,3 milhão de pessoas em execuções sumárias ao ar livre (sendo a maioria de civis judeus e comunistas). Muitas pessoas questionam a veracidade ou uma possível manipulação da foto em questão, contudo, a imagem não deixa de ser considerada uma das fotos mais icônicas do século XX. O impresso “original” se encontra no United States Holocaust Memorial Museum. De qualquer forma, houve pelo menos duas execuções em massa nos dias 16 e 22 de setembro de 1941 perpetrados contra judeus da cidade de Vinnitsa, na Ucrânia e que de fato, resultaram na morte de cerca de 28 mil judeus.

Várias testemunhas oculares, incluindo alemães, presenciaram os massacres realizados pelo soldados do Einsatzgruppen retratados na narrativa. Apesar da alegação de algumas pessoas de que ocorreram eventuais alterações na foto, não há que se dar margem à nenhum tipo de “revisionismo” ou “negacionismo” do Holocausto, um triste capítulo da história da humanidade que foi amplamente documentado.