A obra Amor Vincit Omnia, traduzida do latim para o português como “O amor conquista tudo”, é uma pintura realizada nos anos de 1601 e 1602 pelo pintor italiano Caravaggio.
Amor Vincit Omnia
O título da obra é uma referência a um verso das Éclogas: “Omnia Vincit Amor et nos cedamus amori” (“O amor vence tudo, vamos todos nos render ao amor!”). Também chamadas de Bucólicas, foi o primeiro dos três maiores trabalhos do poeta latino Virgílio, que viveu entre 70 a.C e 19 a.C.
No quadro, o deus do amor romano Cupido, é retratado com uma criança dotada de asas escuras de águia e, enquanto se apoia em uma mesa, objetos se encontram espalhados no chão, incluindo violino e alaúde, armadura, coroa, esquadro e compasso, caneta e manuscrito e folhas de louro. Tais objetos são apontados como sendo uma referência codificada para as conquistas do marquês Vincenzo Giustiniani, aristocrata italiano e um dos principais patrocinadores de Caravaggio.
A família genovesa de Giustiniani governou a ilha grega de Chios até a sua captura pelos turcos em 1622 (presença da coroa na pintura); o marquês também escreveu sobre música e arte (caneta, manuscritos e instrumentos musicais), foi responsável pela construção de um novo palácio imponente (instrumentos geométricos), estudou astronomia (esfera astral) e foi elogiado por suas proezas militares (armadura).
A imagem Amor Vincit Omnia permaneceu na coleção da família Giustiniani até 1812, quando foi adquirida pelo negociante de arte Féréol Bonnemaison e posteriormente vendida em 1815 ao rei da Prússia, Frederick William III, onde passou a ficar exposta em museus de de Berlim.