A Guerra Civil Espanhola (1936-39), foi uma revolta militar dos nacionalistas contra o governo republicano da Espanha apoiada por elementos conservadores dentro do país.
Guerra Civil Espanhola
No dia 18 de julho de 1936, após uma declaração de oposição contra o governo de esquerda eleito da Segunda República Espanhola, na época sob a liderança de Presidente Manuel Azaña, tendo como seu primeiro-ministro o socialista Largo Caballero, foi iniciado o conflito que seria considerado uma prévia da Segunda Guerra Mundial. O grupo nacionalista, apoiado por conservadores, monarquistas, fascistas e pela classe conservadora da Igreja Católica, foi liderado inicialmente por José Sanjurjo (morto posteriormente em um acidente de avião em sua tentativa de retornar de seu exílio em Portugal). Sanjurjo foi substituído pelo General Francisco Franco, na época com 43 anos. Os conflitos eclodiram por todo o território espanhol, desde o protetorado do Marrocos até as colinas de Navarra, localizadas ao norte da Espanha. A luta pelo controle do país fragmentou a nação tanto militar, quanto politicamente.
O conflito entre nacionalistas e republicanos
Cidades importantes como Madri, Barcelona, Valencia, Bilbao e Málaga resistiram ao golpe inicial e permaneceram sob o controle republicano. Os nacionalistas receberam apoio da Alemanha nazista e da Itália fascista. Os republicanos receberam ajuda da União Soviética, bem como de Brigadas Internacionais, compostas principalmente por voluntários da Europa e dos Estados Unidos. Outros países, como o Reino Unido e a França, optaram por adotar uma política oficial de não intervenção. Os nacionalistas, com amplo apoio bélico, sobretudo da poderosa Alemanha e de sua Legião Condor, avançaram implacavelmente, enfrentando uma feroz resistência republicana, composta de milícias com armas inferiores e treinamento militar inadequado. O governo republicano recuou de Madri para Valência até, finalmente, se exilar em Barcelona no ano de 1937.
Fotos da Guerra Civil Espanhola
A vitória dos nacionalistas
A Batalha de Ebro, travada na Catalunha em 1938 e considerada a mais sangrenta de todo o conflito, foi o golpe fatal para o pouco que restava da Segunda República Espanhola, sacramentando assim, a vitória dos nacionalistas. Milhares de espanhóis de esquerda foram forçados ao exílio, sendo que muitos deles fugiram para campos de refugiados no sul da França. Foi estabelecida uma ditadura liderada pelo general Francisco Franco e, no rescaldo da guerra, todos os partidos de direita foram fundidos na estrutura do regime ditatorial. Franco governou a Espanha pelos 36 anos seguintes, até a data de sua morte em 20 de novembro de 1975.