Adolf Hitler rodeado de admiradoras austríacas em 1939
O ex-ditador Adolf Hitler rodeado de admiradoras austríacas no ano de 1939.
O ex-ditador Adolf Hitler rodeado de admiradoras austríacas no ano de 1939.
Foto da carta enviada por Mahatma Ghandi à Adolf Hitler em 1939
No dia 23 de julho de 1939, Gandhi enviou uma carta a Adolf Hitler, que acabara de ordenar a invasão da Polônia. No texto, cuja tradução livre segue abaixo, o pacifista indiano Mahatma Gandhi pede a Hitler que evite a guerra e promova a paz, como um conselho de quem abandonara os meios violentos e obteve sucesso. Mesmo assim, a carta foi interceptada pelo governo inglês e nunca chegou às mãos do ditador alemão.
“Caro amigo,
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Meus amigos vêm me pedindo para lhe escrever pelo bem da humanidade. Mas eu tenho resistindo às solicitações deles, por causa do sentimento que uma carta minha possa ser impertinente. Algo me diz que eu não devo hesitar sobre isso e devo fazer meu apelo, que pode valer a pena.
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Está muito claro que você é hoje a única pessoa no mundo que pode prevenir uma guerra que pode reduzir a humanidade a um estado de selvageria. Você consegue pagar esse preço por qualquer coisa que pareça valer a pena, para você? Você irá escutar o apelo daquele que deliberadamente evitou o método da guerra com considerável sucesso? De qualquer forma, eu antecipo seu perdão, se eu errei em escrever para você.
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Eu continuo seu sincero amigo M. K. Gandhi.”
Jesse Owens, atleta afro-americano, se nega a olhar para a tribuna de Hitler (que já havia se retirado do Estádio Olímpico de Berlim), durante o pódio da prova de 200m. Durante os Jogos de Olímpicos de 1936, era comum antes das competições e durante as premiações que fosse realizada a saudação nazista. Em sua biografia, Owens relatou que esta vitória, além de contrapor ao racismo nazista, também foi importante para combater o racismo no próprio Estados Unidos.
Durante as Olimpíadas de 1936, realizadas na Alemanha, já sob a égide do regime nazista e sob o comando de seu ditador Adolf Hitler, Jesse Owens, atleta afro-americano conquistou 4 medalhas de ouro. A importância do seu amplo destaque se tornou uma ferida para o ditador alemão, que acreditava plenamente em um domínio dos atletas germânicos, muitos deles engajados na doutrina da “Juventude Hitlerista”. O moderno Estádio Olímpico de Berlim presenciou um verdadeiro massacre dos atletas americanos, vez que além do destaque de Owens, outros 3 atletas negros e 2 brancos também conquistaram medalhas de ouro.
O sobrinho de Adolf Hitler segura um jornal com o título “To Hell With Hitler” (Para o inferno com Hitler). Foto: “Bridget and William Patrick Hitler”. © Hulton-Deutsch Collection/CORBIS. ID:HU002631. 1941
Em 1914, seu pai, Alois Hitler Jr., o abandonou sozinho com a mãe e regressou para a Alemanha. Anos mais tarde, após Adolf Hitler se tornar Chanceler, William resolveu buscar a ajuda do tio para conseguir um cargo importante dentro do regime Nazista. Apesar de Hitler ter-lhe atendido o pedido, como condição pediu que o sobrinho abrisse mão completamente da cidadania inglesa e que nunca mais regressasse ao país natal.
Devido o pedido do tio ser exigente demais, William não aceitou e deixou a Alemanha. Novamente na Inglaterra, o sobrinho do Führer resolveu escrever um artigo para a Look Magazine intitulado de “Why I Hate My Uncle” (Porque eu odeio meu tio). A partir de então, Patrick Hitler ganhou popularidade e a oportunidade de viajar para os Estados Unidos.
Enquanto em território americano, a Segunda Guerra Mundial estourou e, querendo ser útil e ajudar na guerra contra o tio, William pediu permissão ao presidente Roosevelt para se alistar na marinha norte-americana em 1944. Acabou servindo na guerra como americano, recebeu honrarias e, após o fim do conflito desapareceu.
Posteriormente, em 1998, tempos depois de sua morte, foram encontrados os registros que mostravam William tendo trocado de nome; ele e a mãe se tornaram cidadãos americanos e William teve uma vida próspera com um laboratório médico de sucesso.
William Patrick Hitler morreu em 1987 e muitas lendas surgiram após sua morte; uma delas, supostamente contada por sua mulher, dizia que o marido havia feito os filhos prometerem que nunca teriam filhos, pois ele queria acabar com a linhagem “Hitler” e fazer desaparecer o sangue do tio.
Apesar da história ter sido negada pelos 4 filhos de William, nenhum deles teve filhos. Na foto, William segura um jornal, cujo título é “To Hell With Hitler” (“Pro inferno com Hitler”), na época em que ganhou popularidade com o artigo sobre o tio.
Quando Hitler quase se afogou. Padre Johann Kuehberger e Adolf Hitler criança.
Em 1980, o padre Max Tremmel contou uma história curiosa, porém sem nenhuma prova que conferisse veracidade ao que narrou. Segundo Tremmel, seu antecessor — o padre Johann Kuehberger — quando ainda era criança salvou um menino franzino da morte certa. O pequeno sortudo era ninguém menos do que Adolf Hitler. Naquela época, o futuro ditador tinha somente 4 anos quando caiu nas águas geladas do rio Inn, em Passau — lugar onde cresceria.
Apesar da história curiosa, não havia provas de ter acontecido de fato; até que recentemente foi encontrado um antigo jornal de Passau — o Donauzeitung-Danúbio —, datado de janeiro de 1894, narrando um salvamento heroico de um menino de 4 anos prestes a se afogar. A criança havia escorregado no gelo fino, que se quebrara, afundando nas águas semi congeladas do rio Inn. Neste momento, um garoto mais velho mergulhou e salvou a vítima até então desconhecida. Para os historiadores, essa pode ser uma das peças que faltavam para confirmar a história do padre Tremmel. Após o achado, moradores locais foram entrevistadas para que se pudesse tentar conhecer um pouco mais a respeito do episódio. A maioria dos cidadãos de Passau disse ter ouvido essa história pelos idosos, que contavam ser o pequeno Adolf no incidente.
Anna Elisabeth Rosmus, uma escritora que viveu em Passau, afirma que o conto era conhecido pela maioria das pessoas da cidade. Anna escreveu um livro — “Deixando a cidade que Hitler chamou de lar”— narrando o fatídico episódio e as relações da família dela com o futuro Führer. Em um dos capítulos, Anna faz a seguinte observação sobre o acontecimento:
Felizmente para o jovem Adolf, o filho do dono da casa onde ele morava era capaz de tirá-lo a tempo e assim salvando sua vida.
No fim, o que era lenda se mostrou uma verdadeira história que hoje leva muitos a refletirem sobre os caminhos incertos que a vida pode tomar; e um pequeno acaso pode mudar os rumos da História.