The Yellow Kid (Hogan’s Alley), a primeira história em quadrinhos (HQ), 1895.

The Yellow Kid (Hogan’s Alley), a primeira história em quadrinhos (HQ), 1895.

The Yellow Kid (Hogan's Alley)

The Yellow Kid (Hogan’s Alley)

A primeira história em quadrinhos (HQ) moderna foi criada pelo artista americano Richard Outcault em 1895, com o personagem “Yellow Kid” de Hogan’s Alley (nome da história), que fez tanto sucesso ao ponto dos grandes jornais nova-iorquinos brigarem para tê-la publicada. Obviamente Outcault não foi o primeiro a inventar histórias contadas em fragmentos, por exemplo, as pinturas rupestres poderiam ser consideradas as pioneiras nessa modalidade que serviam para contar como eram suas aventuras nas caçadas.

Contudo, HQ, aos moldes modernos como conhecemos, “Hogan’s Alley” foi a pioneira. A grande diferença é que esses ancestrais das HQs não tinham texto, os enredos eram desenvolvidos apenas com uma seqüência de desenhos e, em relação aos outros artistas do século 19, que já usavam textos e imagens, o desenho de Richard Outcault faz uso dos balõezinhos com as “falas”, marcando o mundo das histórias em quadrinhos.

A história é sobre um menino que usa um pijama amarelo e vivia em becos/favelas, típicos de certas regiões da miséria que existia no início do século 20 na cidade de Nova Iorque. O beco de Hogan também era cheio de personagens estranhos. Suas falas eram mostradas através de suas roupas (uma espécie de crítica aos painéis publicitários da época) e o personagem usava gírias.

Referências:
The Yellow Kid“. The Ohio State University Libraries, 2007.
The Yellow Kid on paper and stage, Origins of the Kid”, 2011.
CANEMAKER, John. “The Kid From Hogan’s Alley“. New York Times Book Review, 2007.
“Quem inventou as Histórias em Quadrinhos?”. Mundo Estranho.
Crianças observam cartaz oferecendo cenoura

Crianças observam cartaz oferecendo cenoura

Duas crianças observam um cartaz oferecendo cenouras ao invés de sorvetes durante o grande racionamento de comida na Segunda Guerra Mundial, 1941.

Duas crianças observam um cartaz oferecendo cenouras ao invés de sorvetes durante o grande racionamento de comida na Segunda Guerra Mundial, 1941.

Duas crianças observam um cartaz oferecendo cenouras ao invés de sorvetes durante o grande racionamento de comida na Segunda Guerra Mundial, 1941.

O racionamento de alimentos durante a Segunda Guerra Mundial

O racionamento de alimentos começou em janeiro de 1940, quatro meses após o início da Segunda Guerra Mundial e perdurou por quase 14 anos. Durante sua vigência, mudou os hábitos alimentares de mais de uma geração da população europeia. As cenouras foram utilizadas como alternativa em bolos e tortas devido à sua doçura natural e foram até mesmo usadas como substitutas de sorvetes e pirulitos.

Foto: Fox/Getty Images.

Crianças sendo deportadas do Gueto de Lodz

Crianças do gueto de Lodz sendo enviadas para o campo de extermínio de Chelmno durante a ação “Gehsperre”, 1942.

A operação Gehsperre e a deportação das crianças do gueto de Lodz

Em 1942, nas primeiras semanas de setembro, a SS promoveu a ação “Gehsperre”. Durante 7 dias, crianças, idosos e doentes, num total de mais de 20 mil pessoas, foram deportados do gueto de Lodz e vilas vizinhas para o primeiro campo de extermínio que fora criado: Chelmno. Nas palavras de Himmler, Chelmno era uma das “death boxes” (“caixas da morte”). Os prisioneiros ao chegarem no campo de extermínio eram recebidos por homens de jaleco branco e enviados para uma sala onde retiravam as roupas e deixavam os pertences.

O passo seguinte consistia em colocar todos os recém chegados dentro de um caminhão, onde as portas eram lacradas e um tubo conectado ao escapamento do veículo era ligado à câmara dos prisioneiros. Em 10 minutos a maioria morria sufocada por asfixia pelo monóxido de carbono. Quem permanecesse vivo seria executado pelos guardas. Apenas 5% daqueles que viviam no gueto de Lodz sobreviveram ao final da guerra, segundo dados levantados pelo jornal The Independent.

Referências:
Foto: Instytut Pamieci Narodowej, Poland, 1 de setembro de 1942. ID: 50328. United State Holocaust Memorial Museum.
“Children from the Marysin colony who were rounded-up during the “Gehsperre” action in the Lodz ghetto, march in a long column towards a deportation assembly point.”. United State Holocaust Memorial Museum.
“The last ghetto: life and death in Lodz”. The Independent.

Agim Shala: criança é entregue aos pais em um campo de refugiados

Agim Shala, de apenas 2 anos de idade, sendo passado pelo arame farpado pelos braços de seus avós no Campo de Refugiados na Albânia, 1999. A fotografia ganhou o prêmio Pulitzer do Washington Post e foi reconhecida como um símbolo da Guerra do Kosovo.

A Guerra do Kosovo e a fuga da família de Agim Shala

Durante a guerra do Kosovo, a comunidade albanesa lutava pela independência da província contra as forças de segurança sérvia (Iugoslávia), os familiares de Agim Shala precisaram migrar para o Campo de Refugiados de Kukes, Albânia. Infelizmente os avós de Agim Shala não puderam entrar no campo até que uma ordem fosse liberada. Para que o neto pudesse ficar protegido, eles o passaram por um buraco no arame farpado.

A tensão entre os separatistas albaneses e o governo da Iugoslávia, comandado pelo presidente Slobodan Milosevic, aumentou no final de 1998, quando o Exército de Libertação do Kosovo intensificou suas ações e passou a controlar parte da província. Naquele mesmo ano, negociações começaram a ocorrer entre os separatistas albaneses, o exército de Milosevic e algumas potências mundiais.

Durante as negociações ficou acertado que seria reconhecida a autonomia do Kosovo e tropas de paz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) substituiriam as tropas sérvias, para que o acordo de paz entrasse em vigor. Contudo, o acordo fracassou, visto que os sérvios aceitaram reconhecer a autonomia do Kosovo, mas tal acordo fora negado pelo grupo separatista albanês e, ao mesmo tempo, o exército sérvio negou a presença das tropas de paz da OTAN, intensificando ainda mais o conflito e iniciando a Guerra do Kosovo em 24 de março com a invasão da Iugoslávia pela OTAN.

Foto: Carol Guzy/Washington Post/Getty Images

Pai olha para a mão e o pé de sua filha de 5 anos no Congo em 1904.

Pai (Nsala) olha para a mão e o pé de sua filha de 5 anos, Boali, cortados como uma punição por não ter cumprido a cota diária de extração de borracha no Congo em 1904.

A história por trás da foto do pai olhando para o pé e a mão da sua filha no Congo

A história por trás da foto é contada pela fotógrafa Alice Seeley Harris que registrou o momento devastador. Em seu livro “Do not Call Me Lady: The Journey of Lady Alice Seeley Harris“, Alice conta que o nome do pai era Nsala. Como se não bastasse o castigo cruel contra a criança de 5 anos, o exército belga a matou logo em seguida junto de sua mãe. Ao final, entregaram o pé e a mão da criança ao pai como um aviso.

O Congo esteve sob o domínio do rei Leopoldo II entre os anos 1885-1908. Durante os 23 anos de reinado, Leopold II massacrou 10 milhões de africanos, cortando suas mãos e órgãos genitais como castigo, flagelando-os até a morte e condenando-os a fome em trabalhos forçados; entrando para a História como um dos maiores escândalos e barbárie internacional do início do século XX.

Referências:
“Do Not Call Me Lady: The Journey of Lady Alice Seeley Harris”. Harris, Alice Seeley.