por karonte | 17/07/2018 | Batalhas Históricas, Guerras, Idade Moderna, Imagens Históricas, Século XIX
Mortos no campo de batalha durnate a Guerra Civil Americana em 1863. Na imagem, registrada por Timothy H. O’Sullivan em 1863, corpos de soldados mortos em Gettysburg, batalha com o maior número de vítimas na Guerra Civil dos Estados Unidos. Em meados do século XIX, as imagens de guerra ainda não eram comuns, fato que chocou o público americano.
por karonte | 05/05/2018 | Curiosidades, Esportes, Século XX
Imagem de uma partida de xadrez humano sendo disputada na Praça do Palácio, antiga Leningrado (atual São Petersburgo), em 1924.
Xadrez humano
No dia 20 de julho de 1924, durante a festa de Leningrado, o Exército Vermelho enfrentou a Marinha em um jogo de xadrez de proporção 1:1. Os marinheiros e fuzileiros navais estavam de preto e o Exército estava de branco no tabuleiro gigante, sendo cada lado liderado por Ilya Rabinovich e Peter Romanovsky, dois mestres de xadrez. O jogo durou cerca de 5 horas.
por | 01/08/2017 | Guerras, Personalidades, Século XX, Segunda Guerra Mundial
O oficial aviador Albert Gerald Lewis, um dos maiores áses da RAF – Royal Air Force (Força Aérea Real Britânica) é fotografado aos 22 anos ao lado de seu avião. O piloto sul-africano abateu pelo menos 28 caças da Luftwaffe (Força Aérea Alemã), incluindo um feito memorável em sua carreira: em um período de apenas seis horas, Lewis obteve êxito em abater seis caças inimigos.
Albert Gerald Lewis
Lewis entrou para a Royal Air Force com apenas 20 anos e se tornou um dos maiores áses da Batalha da Inglaterra. Antes de ser abatido em Lille (França) no dia 19 de maio de 1940, Albert Lewis abateu cinco aeronaves inimigas. Em junho de 1940 ele foi premiado com o Distinguished Flying Cross (DFC), condecoração intentada por “um ato ou atos de bravura, coragem ou a devoção ao dever, durante voos em operações ativas contra o inimigo”.
A Batalha da Inglaterra
Nos meses de julho e de agosto de 1940, uma série de batalhas aéreas pelo controle do Canal da Mancha entre a Luftwaffe e a RAF proporcionou tons dramáticos à Batalha da Inglaterra. No dia 20 de agosto de 1940, Winston Churchill, durante um discurso na Câmara dos Comuns, proferiu a célebre frase:
“A gratidão de todos os lares em nossa ilha, em nosso Império e certamente no mundo inteiro, exceto nas casas dos culpados, vai para os aviadores britânicos que, sem se intimidarem com as probabilidades, incansáveis em seu desafio constante e perigo mortal, estão virando a maré da Guerra Mundial com sua bravura e devoção. Nunca antes no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos. Todos os corações estão com os pilotos de caça, cujas brilhantes ações que vemos com nossos próprios olhos dia após dia, nunca deveremos esquecer, noite após noite, mês após mês, nossos esquadrões de bombardeiros viajam para a longínqua Alemanha, encontrando seus alvos na escuridão por sua grandes habilidades de navegação, apontando seus ataques, muitas vezes sob fogo pesado, muitas vezes com perdas graves, com deliberada e cuidadosa discriminação, infligem golpes devastadores sobre toda a estrutura técnica e bélica do poder nazista….”
Foto: William Vandivert—The LIFE Picture Collection/Getty Images
por | 26/07/2014 | Genocídios, Guerras, Século XX, Segunda Guerra Mundial

Soviéticos procuram por seus parentes no local do massacre nazista perto de Kerch, na Crimeia. Foto tirada por Dmitri Baltermants em janeiro de 1942.
Com a quebra do pacto Ribbentrop-Molotov (pacto de não-agressão) durante a Segunda Guerra Mundial, deu-se início à operação Barbarossa, codinome da maior campanha militar da história em termos de mobilização de tropas e baixas sofridas.
O início das perdas pelos soviéticos
Na madrugada do dia 22 de junho de 1941, mais de três milhões de soldados alemães cruzaram a fronteira soviética. O avanço alemão em território russo foi rápido e avassalador. Em poucos dias, a Força Aérea Russa havia sido praticamente dizimada (a maioria dos aviões foram destruídos ainda em solo) e os blindados soviéticos em formação dispersa não foram páreos para a formação Blitzkrieg alemã. Em pouco tempo a Operação Barbarossa tornou-se uma questão de sobrevivência para os soviéticos. Nenhum país, nenhum povo, lutou tanto quanto a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Em nenhum outro lugar as memórias da guerra permaneceram tão vivas e tão profundas. A invasão alemã trouxe uma tal catástrofe, que parecia, a princípio, que nenhuma nação suportaria.
Tão somente no cerco a Leningrado, que durou mais de dois anos, morreram mais seres humanos do que britânicos e americanos durante toda a guerra. O povo russo enfrentou a possibilidade da morte… e a venceu. Contudo, apesar de estarem acostumados à inúmeras perdas durante toda guerra, os soviéticos não fingiam estar imunes à dor. Dezenas de milhares de pessoas conheciam este poema de cor:
Espera por mim, e regressarei,
Mas espera muito.
Espera até se encheres de pena
Enquanto vês a chuva amarela.
Espera até os ventos
Varrerem as neves.
Espera no calor sufocante.
Espera até os outros desistirem
Quando esquecerem o Ontem.
Espera mesmo que não cheguem
Cartas de longe para você.
Espera mesmo quando os outros
Estiverem cansados de esperar.
Espera mesmo quando a minha mãe
E o meu filho pensarem que morri.
E quando os amigos se sentarem
Bebendo em minha memória.
Espera, e não se apresses a beber
Em minha memória também.
Espera, pois regressarei,
Desafiando cada morte.
E deixa aqueles que não esperaram
Dizer que tive sorte.
Eles nunca compreenderão
Que, no meio da morte,
Você, e a sua espera,
Me salvaram.
Apenas você e eu saberemos
Como sobrevivi.
Foi porque você esperou por mim
Como mais ninguém o fez.”
Outro poema russo dizia o seguinte:
Não me chames, pai.
Não me procures.
Não me chames
Nem desejes o meu regresso.
Estamos num caminho desconhecido
O fogo e o sangue apagaram a rota.
Voamos, nas asas dos relâmpagos,
Para não mais desembainhar a espada.
Todos nós tombamos em batalha,
Para não mais voltarmos.
Haverá um reencontro?
Não sei.
Sei apenas que devemos
Continuar a lutar.
Somos grãos de areia no infinito
E nunca mais veremos a luz.
Adeus, meu filho,
Adeus, minha consciência.
Minha juventude e meu consolo,
Meu único filho.
Que esta despedida seja o fim
Da vasta solidão,
Pois não há ninguém mais só.
Lá permanecerás
Para todo o sempre
Longe da luz e do ar.
A tua morte não será contada.
Não contada e não atenuada a morte,
Para não mais ressuscitar,
Para todo o sempre
Um rapaz de 18 anos.
Adeus, então.
Nenhum comboio chega dessa região
Com ou sem horário,
Nenhum avião pode aí chegar.
Adeus, meu filho,
Pois milagres não acontecem.
E, neste mundo,
Os sonhos não se realizam.
Adeus.
Sonharei contigo
Quando eras bebê,
Caminhando pela terra
Com passos fortes.
Pela terra onde já tantos
Estavam enterrados.
Esta canção, meu filho,
Chegou ao fim.”
A Rússia foi salva, pelos soldados e pelo povo. Mas na terra, sem chegarem a ver a paz, jaziam 20 milhões de mortos.
Referências:
Baseado e adaptado do documentário World at War (O Mundo em Guerra), produzido pela BBC em 1973.
por | 18/09/2013 | Curiosidades, Segunda Guerra Mundial

Hans-Georg Henke: o soldado menino. A tristeza nos olhos de Hans dizem muito. Ele era apenas uma criança lutando em uma guerra de adultos. Foto: John Florea/LIFE Magazine/Getty Images.
A Segunda Guerra Mundial foi uma das guerras mais cruéis pela qual o mundo passou. Não foi um conflito só entre países, envolvendo apenas as partes beligerantes na figura de seus soldados. A guerra estava em todos os âmbitos, nas cidades, dentro das casas e envolvia todos para o conflito, inclusive as crianças e os adolescentes como o garoto Hans-Georg Henke, com apenas 15 anos de idade na época.
Hans-Georg Henke
Hans-Georg Henke pode ser considerado a imagem dessa face cruel da guerra que levou inúmeras crianças e adolescentes à frente de batalha. Em todas as fotos, tiradas quando Henke foi capturado pelos soldados soviéticos, é mostrada apenas uma criança assustada e sem rumo em meio ao caos e aos bombardeios advindos das tropas inimigas. Hans caíra em lágrimas quando percebeu que seu mundo havia ruído; tudo a sua volta estava desmoronando e seu país não era mais o mesmo.
Quando entrou para a Luftwaffe, Georg tinha apenas 14 anos. Ele não se alistara porque gostava da guerra, mas pelo fato de precisar sobreviver. Seu pai morrera em 1938, sua mãe em 1944 e, posteriormente, ele se separara dos irmãos, ficando sozinho em um país em guerra. Henke entrou para o esquadrão anti-aéreo alemão para se sustentar e quando o conflito acabou, o menino de 15 anos teve que andar 60 milhas (cerca de 96 km), buscando alcançar as linhas americanas, pois tinha medo de ser capturado pelos soviéticos. Por fim, seu medo se concretizou em 3 de abril de 1945, quando foi capturado por uma tropa soviética. No momento da captura, em meio aos bombardeios contra seus companheiros de batalha, diversas fotografias foram tiradas pelo fotógrafo John Florea, transformando o semblante de Henke conhecido como um dos símbolos das dificuldades proporcionadas pela guerra.
Final do conflito
Após o fim do conflito e já capturado, os soviéticos alimentaram o menino e outros soldados que estavam com ele e depois mandaram que todos fossem para suas casas. Hans-Georg voltou para sua cidade natal em Finsterwalde, onde se reencontrou com os dois irmãos e iniciou uma nova vida. Faleceu em 6 de outubro de 1997, após ter tido uma vida plena. Apesar dos anos que passaram e deixaram para trás a realidade cruel que vitimou crianças e adolescentes na gurra, as fotos do menino de 15 anos eternizaram para sempre o semblante de uma criança em meio à Segunda Guerra Mundial.