
Foto de Bob Campbel
Dian Fossey (16 de janeiro de 1932 – 26 de dezembro de 1985), zoóloga norte-americana, nunca mais será esquecida. Seus trabalhos resultaram em um legado importantíssimo: na luta pela preservação dos gorilas e, também, o apelo à preservação de outras espécies à beira da extinção. Chamada de bruxa, enfrentando governos totalitários e tribos supersticiosas, Dian Fossey enfrentou diversos desafios a fim de pesquisar mais sobre a vida dos gorilas, animais, até então, pouco estudados e muito temidos.
Inspirada pelo naturalista e conservacionista George B. Schaller, Dian Fossey resolveu estudar os gorilas das montanhas. Primeiramente em um trabalho de campo no estudo de chimpanzés, a pesquisadora começou a observar e registrar o comportamento dos gorilas. Após ser enviada à Ruanda, Fossey passou a se aproximar cada vez mais desses primatas, conseguindo, inclusive, a confiança dos animais e praticamente passou a viver entre eles, como pertencente ao grupo. Em 1983 publicou sua obra de pesquisa, Gorilas in the Mist, e criou o Centro de Pesquisa Karisoke.
Entretanto, ao retornar para Ruanda, seu gorila preferido, Digit, foi morto devido à caça para a obtenção das mãos, usadas para a confecção de cinzeiros. Logo após esse episódio, Dian Fossey iniciou uma batalha contra à prática, o que a tornou impopular pelos caçadores e pelo próprio exército de Ruanda. Em 1985, Dian foi encontrada morta em sua cabana, assassinada, provavelmente, por algum caçador de gorilas insatisfeito com o movimento levantado pelo pesquisadora.
Seu legado, como foi dito anteriormente, não será esquecido e ganhou notoriedade a partir de Leakey e da National Goegraphic Society. Hoje, diversas instituições existem em prol da preservação dos gorilas das montanhas, como a “The Dian Fossey Gorilla Fund International” (www.gorillafund.org) e, atualmente, os animais são protegidos pelo governo ruandês. Para conhecer mais sobre a história da pesquisadora Dian Fossey, foi feito um filme (de Michael Apted) sobre sua trajetória: “Nas montanhas dos Gorilas”, 1988.