
Cartaz relatando um escravo fugido, 1854. Cartaz “Crioulo fugido; desde o dia 18 de outubro de 1854, de nome Fortunato”. Rio de Janeiro, Laemmert, 1854. Cartaz. 26,5 cm x 16 cm.
Entre os séculos XVI e XIX cerca de três milhões de pessoas foram trazidas para o Brasil como escravas. Elas pertenciam a dezenas de grupos étnicos do continente africano. Entre essas nações estavam os afantis, axantis, jejes, peuls, hauças (ou malês) e os nagôs (iorubás), todos vindos de regiões pertencentes hoje à Guiné e ao Sudão.
Já os provenientes de Angola e do Congo eram das etnias cabindas, caçanjes, muxicongos, monjolos, rebolos etc. O fato é que diversas pessoas foram separadas de seus grupos e famílias para servirem como escravos nas Américas. No Brasil, os escravos estavam mais presentes na agricultura; no cultivo para a exportação de cana-de-açúcar, algodão, café e fumo, mas também foram utilizados para os serviços domésticos.
Uma vez nas lavouras, os escravos sofriam diversos tratamentos violentos, principalmente quando em época de grande colheita; sofrendo castigos físicos que iam desde açoite no tronco, até o corte de pedaços dos corpos, por exemplo, as orelhas que eram mais frequentemente cortadas.
Tudo isso fazia com que as pessoas escravizadas promovessem fugas; algumas delas resultavam na formação dos quilombos, cujo maior e mais famoso foi o Quilombo dos Palmares. Porém, ao mesmo tempo em que fugiam, seus senhores iam atrás.