A revoada dos galinhas verdes

Museu de Imagens

A Revoada dos Galinhas-verdes, ou Batalha da Sé, foi o nome dado ao confronto armado entre integralistas e a Frente Antifascista em 07 de outubro de 1934.

ATUALIZADO EM 21/07/2014
O confronto armado entre os galinhas verdes — integralistas liderados por Plínio Salgado — e a Frente  Únida Antifacista resultou na morte do militante comunista, Décio Pinto de Oliveira, que depois virou símbolo do movimento antifacista.

Foto da Revoada dos Galinhas-verdes, ou Batalha da Sé, em 1934. Fotógrafo não identificado. Acervo Iconographia, 1934.

A revoada dos Galinhas verdes, ou Batalha da Sé, foi o nome dado ao confronto armado ocorrido em São Paulo no dia 07 de outubro de 1934. Dois grupos se enfrentaram naquele dia: os galinhas-verdes — membros da Ação Integralista Brasileira (AIB) — e do outro lado estavam os anarquistas, comunistas, sindicalistas e trotsquistas comandados pela Frente Única Antifascista.

Este último grupo havia se reunido contra a realização da Marcha dos Cinco Mil, organizada pelos integralistas liderados por Plínio Salgado. No confronto armado morreram pelo menos seis guardas civis, dois integralistas e o militante da juventude comunista, Décio Pinto de Oliveira, alvejado na cabeça enquanto discursava. Após o ocorrido, Décio passou a ser o símbolo do movimento antifascista brasileiro.

O nome “Revoada dos galinhas-verdes” se deve ao desfecho: integralistas, que usavam camisas verdes, correram amedrontados para todos os lados, deixando ao chão suas camisas. Este ato foi um dos grandes responsáveis pela desarticulação da Ação Integralista Brasileira, que a partir deste episódio começou a perder força em todo país, culminando com seu fechamento após o início do Estado Novo.

Referências:
– CASTRO, Ricardo Figueiredo de. “A Frente Única Antifascista (FUA) e o antifascismo no Brasil (1933-1934)” In.: Topoi, Rio de Janeiro, no 5, setembro de 2002. p. 354-388.
– KOSSOY, Boris. Um olhar sobre o Brasil: A fotografia na construção da imagem da nação (1833 – 2003). 1° edição. São Paulo: Fundación Mapfre e Editora Objetiva, 2012. p. 203.