O telescópio de Galileu Galilei

Construído no início do século XVII, o telescópio de Galileu (1564-1642) era feito de couro, madeira e ouro. O invento era capaz de ampliar objetos cerca de 30 vezes utilizando uma lente convergente e uma divergente.

O telescópio de Galileu Galilei

Por meio de seu novo invento, Galileu observou que a Lua não possuía uma superfície lisa, mas era constituída de crateras e montanhas; observou estrelas nunca antes vistas, viu as fases de Vênus e conseguiu observar as quatro luas orbitando Júpiter. Além dessas observações, Galilei reiterou a teoria de Nicolau Copérnico, de que a Terra orbitava o Sol e não o contrário. Atualmente o telescópio de Galileu encontra-se no “Museo Galileo”, na Itália.

Referências:
Imagem: Museo Galileo.
“Galileo’s telescope”. Museo Galileo.
“How Galileo and his spyglass turned the world on its head”. The Telegraph.
A mesa do cientista Albert Einstein em 1955

A mesa do cientista Albert Einstein em 1955

A foto poderia ser apenas um registro de como o físico ganhador do Prêmio Nobel interagia com seu material de estudo, contudo, ela carrega um significado um pouco maior. Fotografada em abril de 1955, a imagem mostra exatamente como Albert Einstein deixou seu escritório pela última vez.

O escritório de Albert Einstein.

A foto poderia ser apenas um registro de como o físico ganhador do Prêmio Nobel interagia com seu material de estudo, contudo, ela carrega um significado um pouco maior. Fotografada em abril de 1955, a imagem mostra exatamente como Albert Einstein deixou seu escritório pela última vez. Poucas horas depois, Einstein falaceu em Princeton, Nova Jersey.

Foto: Ralph Morse / Time & LIFE Pictures / Getty Images. Disponível em: http://life.time.com/history/the-day-albert-einstein-died-a-photographers-story/.
A casa de Pompeia que permaneceu preservada após a erupção

A casa de Pompeia que permaneceu preservada após a erupção

A casa de Pompeia após a erupção do Monte Vesúvio em ótimo estado do preservação.

A casa de Pompeia após a erupção do Monte Vesúvio em ótimo estado do preservação.

Imagem de uma casa bem conservada de Pompeia, cidade italiana destruída pela força da natureza por meio da erupção do Monte Vesúvio.

Pompeia

“Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o ‘magma’ selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano — Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio.”

Manuscrito 512: uma das maiores fábulas da arquelogia brasileira

Manuscrito 512: uma das maiores fábulas da arquelogia brasileira

Manuscrito 512

Imagem do “Manuscrito 512”, documento que consiste em uma das maiores fábulas da arqueologia brasileira e que está guardado na Biblioteca Nacional.

O Manuscrito 512 é um documento consiste num relato de um grupo de bandeirantes ao encontrar uma cidade “perdida” no Brasil, cujo nome e sua localização é desconhecida até hoje. O acesso ao documento original ainda é extremamente restrito, ainda que tenham disponibilizado uma versão digitalizada dele na Biblioteca e durante muito tempo, esse documento, o mais famoso do acervo, ficou esquecido e foi encontrado ao acaso.

O mito do Manuscrito 512

A datação do manuscrito ainda é controversa, embora haja um consenso de que ele tenha sido escrito por volta do século XVIII, devido à determinados elementos, relatos presentes no texto e por sua deterioração. O relato traz a história do encontro dos bandeirantes com ruínas de uma cidade desconhecida em meio à selva brasileira, com estruturas grandiosas e com riquezas, no entanto, seu fim desconhecido. Em seu trecho mais conhecido, os bandeirantes relatam que avistaram uma grande montanha brilhante, que atraiu a atenção do grupo que, diante de tal visão, ficou pasmo e admirado. Os membros da expedição não conseguiram escalá-la, contudo, um dos integrantes do grupo por acaso enquanto caçava encontrou um caminho pavimentado que passava por dentro da montanha.

Após atravessarem-na, avistaram uma grande cidade de estilo desconhecido e completamente abandonada. A entrada da cidade era possível apenas por um caminho, ornado por 3 grandes arcos na entrada em que, o principal e maior, se encontrava ao centro dos outros dois, carregando inscrições em uma letra indecifrável no alto. Segundo o depoimento, a cidade trazia sinais das grandes civilizações antigas, como uma praça central onde erguia-se uma grande coluna negra e, sobre ela, jazia uma estátua apontando para o norte e despida da cintura para cima, com uma coroa de louros na cabeça.

Trecho original do documento:

(…) collumna de pedra preta de grandeza extraordinaria, e sobre ella huma Estatua de homem ordinario, com huma mao na ilharga esquerda, e o braço direito estendido, mostrando com o dedo index ao Polo do Norte; em cada canto da dita Praça está uma Agulha, a imitação das que uzavão os Romanos, mas algumas já maltratados, e partidos como feridas de alguns raios. (…)“.

Na cidade também foi encontrado um objeto curioso, o único mencionado na expedição e descrito minuciosamente, uma grande moeda de ouro, que trazia alguns emblemas entalhados. Em um dos lados, havia um rapaz ajoelhado e, do outro, havia um arco, uma coroa e uma flecha. Infelizmente a identidade dos bandeirantes, bem como a localização da cidade, se perdeu no tempo, contribuindo ainda mais para a criação do “Manuscrito 512” e sua cidade misteriosa.

Referências:
Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiquíssima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753, nos sertões do Brazil ; copiada de um manuscripto da Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro. Em: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, Tomo I, 1839, p. 153. Instituto Histórico e Brasileiro Geográfico. IHGB.
Dossiê sobre o Manuscrito 512. Arquivo em formato .PDF. IHGB
Fundação Biblioteca Nacional.
Máscaras históricas

Máscaras históricas

As máscaras sempre estiveram presentes na história da humanidade. Algumas representavam forças divinas em rituais, outras eram usadas em batalhas, máscaras também foram usadas para a punição e tortura, enfim, esse artefato sempre teve seu papel ao longo da história humana, tanto para o bem, quanto para atitudes violentas e punitivas.

Exatamente por sua importância, aqui listaremos alguns exemplos interessantes de máscaras históricas e seu uso pelos seres humanos.

1) A máscara de Alexander Peden

Foto: © David Monniaux.

Durante muitos anos o reverendo Alexander Peden precisou fugir do governo escocês. Isso porque, em 1663, após a proibição do presbiterianismo pelo rei Charles II, Peden se recusou a parar de pregar.
De forma clandestina, o presbítero pregava em locais secretos até que fora denunciado. Após as denúncias, Alexander precisou fugir para evitar as punições. Para tanto, pensou em uma ideia aparentemente absurda, mas que deu certo na época.

A ideia consistia em esconder seu rosto atrás de uma máscara de couro, com barba avermelhada, uma peruca, dentes de madeira e penas ao redor dos olhos representando cílios. Surpreendentemente, seus seguidores não se intimidaram com a imagem assustadora e continuaram assistindo as pregações de Peden.

Após 10 anos nessa farsa, o governo escocês encontrou o presbítero, banindo Alexander para o continente americano; futuramente Peden morreu na clandestinidade.

2) A máscara usada em escravos

Foto de autor desconhecido.

Essas máscaras eram conhecidas como “dirty eating masks” (tradução não literal: máscaras anti comida suja). Elas surgiram para impedir que os escravos comessem terra, um costume adquirido em solo africano. Era comum que tribos nativas da África tivessem o costume de comer terra por acreditarem nos poderes nutricionais que ela poderia oferecer e visando evitar a subnutrição. Contudo, no mundo ocidental a prática era vista como suja e potencial causadora de doenças.

Assim, visando evitar a perda de “sua propriedade”, os senhores de escravos colocavam essas máscaras para evitar que os escravos ingerissem a terra. Após a abolição oficial da escravidão, a máscara e seu uso desapareceram.

3) Máscaras da vergonha

Foto: © Hermann Historica.

Elas foram utilizadas pelos romanos e também tiveram utilidade no território que hoje compreende a atual Alemanha. Utilizadas como um forma de castigo durante o século XVII e XVIII, as máscaras da vergonha tinham um caráter punitivo para contravenções sociais e morais, como fofocas, palavrões, atos considerados imorais etc.

A ideia era justamente humilhar quem fosse punido com o seu uso. Exatamente por isso, elas tinham um aspecto de deboche, com algumas contendo orelhas de burro, cara de porco, monstros etc. Tudo isso de acordo com a contravenção cometida. Juntamente com seu uso, o “criminoso” ainda era exposto diante da população que vaiava e lançava tomates podres.

4) Máscaras dos índios Hopi

Foto: © James Mooney. “Katsinas of Hopi Powamu Ceremony”, Walpi Pueblo, Arizona, 1893, Bureau of American Ethnology.

Apesar de muita gente encará-las como assustadoras, as máscaras historicamente estiveram muito presentes nos rituais indígenas dos Hopi. Localizados entre o Arizona e o Colorado, os índios nativos Hopi, contração de Hopituh Shinumu que significa “o povo pacifico”, utilizam as máscaras para representar divindades em um ritual conhecido como Kachina.

Dançando ao redor das casas e da fogueira, os índios mascarados representam um antepassado de espírito bom saudando a tribo e trazendo boas “vibrações”. No total, são mais de 300 entidades, cada um contendo uma máscara representativa, criando um verdadeiro ritual antropologicamente magnífico.

Referências:
-CHISHOLM, Hugh. ” Peden, Alexander “. Encyclopædia Britannica. Cambridge University Press, 1911.
– COVEY, Herbert. “What the Slaves Ate: Recollections of African American Foods and Foodways From the Slaves Narratives“. ABC-CLIO, 2009.
– “Metal Face Mask and Collar Punishments, Trinidad, 1836“. University of Virginia.
Hermann Historica Archiv.