Um pequeno republicano marcha durante a Guerra Civil Espanhola

Um pequeno republicano marcha pelas ruas de um vilarejo não identificado durante a Guerra Civil Espanhola.

O front republicano e a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola (1936-39), foi uma revolta militar contra o governo republicano da Espanha, apoiado por elementos conservadores dentro do país. Quando um golpe militar inicial não conseguiu tomar o controle de todo o país, uma sangrenta guerra civil se sucedeu. Os nacionalistas receberam apoio da Alemanha nazista. Os republicanos receberam ajuda da União Soviética, bem como de Brigadas Internacionais, compostas por voluntários da Europa e dos Estados Unidos.

Os nacionalistas, com amplo apoio bélico, sobretudo da poderosa Alemanha e de sua Legião Condor, avançaram implacavelmente, enfrentando uma feroz resistência republicana, composta de milícias com armas inferiores e treinamento militar inadequado. O governo republicano recuou de Madri para Valência até, finalmente, se exilar em Barcelona no ano de 1937. Milhares de espanhóis de esquerda foram forçadas ao exílio, sendo que muitos deles fugiram para campos de refugiados no sul da França. Foi estabelecida uma ditadura liderada pelo general Francisco Franco e, no rescaldo da guerra, todos os partidos de direita foram fundidas na estrutura do regime ditatorial. Franco governou a Espanha pelos 36 anos seguintes, até a data de sua morte em 20 de novembro de 1975.

“Morte de um Miliciano”: o símbolo da Guerra Civil Espanhola

O miliciano republicano Federico Borrell Garcia é fotografado no exato momento em que é atingido fatalmente durante um combate em Cerro Muriano, front de Córdoba, durante a Guerra Civil Espanhola, no dia 5 de setembro de 1936. A imagem é conhecida como The Falling Soldier (Morte de um Miliciano) e foi registrada por Robert Capa.

“Morte de um Miliciano”: verdadeira ou falsa?

Acreditava-se que a poderosa cena tivesse sido capturada em Cerro Muriano, durante a Guerra Civil Espanhola, contudo, alguns historiadores descobriram uma série de inconsistências na foto intitulada “Morte de um Miliciano” (The Falling Soldier). Os próprios companheiros de Borrell García informaram que ele foi morto enquanto se escondia atrás de uma árvore (e não em campo aberto como a imagem mostra). Além disso, é dito que García era supostamente muito diferente do homem no quadro. Outra evidência é que a imagem parece ter sido fotografada na cidade de Espejo, cerca de 60 km de distância de Cerro Muriano.

Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola (1936-39), foi uma revolta militar contra o governo republicano da Espanha, apoiado por elementos conservadores dentro do país. Quando um golpe militar inicial não conseguiu tomar o controle de todo o país, uma sangrenta guerra civil se sucedeu. Os nacionalistas receberam apoio da Alemanha nazista. Os republicanos receberam ajuda da União Soviética, bem como de Brigadas Internacionais, compostas por voluntários da Europa e dos Estados Unidos. O grupo nacionalista, liderado pelo General Francisco Franco, venceu o conflito e o ditador governou a Espanha pelos 36 anos seguintes, até a data de sua morte em 20 de novembro de 1975.

Referências:
El País.
Famous Fakes — 10 Celebrated Wartime Photos That Were Staged, Altered or Fabricated. Military History Now.

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

Guerra Civil Espanhola

Militantes seguram a bandeira da Segunda República Espanhola, em Madrid.

A Guerra Civil Espanhola (1936-39), foi uma revolta militar dos nacionalistas contra o governo republicano da Espanha apoiada por elementos conservadores dentro do país.

Guerra Civil Espanhola

No dia 18 de julho de 1936, após uma declaração de oposição contra o governo de esquerda eleito da Segunda República Espanhola, na época sob a liderança de Presidente Manuel Azaña, tendo como seu primeiro-ministro o socialista Largo Caballero, foi iniciado o conflito que seria considerado uma prévia da Segunda Guerra Mundial. O grupo nacionalista, apoiado por conservadores, monarquistas, fascistas e pela classe conservadora da Igreja Católica, foi liderado inicialmente por José Sanjurjo (morto posteriormente em um acidente de avião em sua tentativa de retornar de seu exílio em Portugal). Sanjurjo foi substituído pelo General Francisco Franco, na época com 43 anos. Os conflitos eclodiram por todo o território espanhol, desde o protetorado do Marrocos até as colinas de Navarra, localizadas ao norte da Espanha. A luta pelo controle do país fragmentou a nação tanto militar, quanto politicamente.

O conflito entre nacionalistas e republicanos

Cidades importantes como Madri, Barcelona, Valencia, Bilbao e Málaga resistiram ao golpe inicial e permaneceram sob o controle republicano. Os nacionalistas receberam apoio da Alemanha nazista e da Itália fascista. Os republicanos receberam ajuda da União Soviética, bem como de Brigadas Internacionais, compostas principalmente por voluntários da Europa e dos Estados Unidos. Outros países, como o Reino Unido e a França, optaram por adotar uma política oficial de não intervenção. Os nacionalistas, com amplo apoio bélico, sobretudo da poderosa Alemanha e de sua Legião Condor, avançaram implacavelmente, enfrentando uma feroz resistência republicana, composta de milícias com armas inferiores e treinamento militar inadequado. O governo republicano recuou de Madri para Valência até, finalmente, se exilar em Barcelona no ano de 1937.

Fotos da Guerra Civil Espanhola

Ataque em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola

A ofensiva nacionalista em Madri, ocorrida entre novembro de 1396 e fevereiro de 1937, foi uma das mais sangrentas batalhas da Guerra Civil Espanhola. Durante esse período, a Alemanha Nazista de Hitler e a Itália Fascista de Mussolini apoiavam os nacionalistas, enquanto a União Soviética de Stalin dava apoio ao governo da Frente Popular.

Batalha Alcázar de Toledo

Soldados republicanos durante a batalha pelo Alcázar de Toledo, um palácio fortificado sobre rochas, situado na parte mais alta de Toledo, na Espanha, onde os rebeldes estavam abrigados, em julho de 1936. Foto: STF / AFP / Getty Images.

"The Falling Soldier" (A Morte de um Miliciano) - a mais icônica foto da Guerra Civil Espanhola. Por Robert Capa.

“The Falling Soldier” (A Morte de um Miliciano) – a mais icônica foto da Guerra Civil Espanhola. Por Robert Capa.

Soldados Nacionalistas capturam Republicanos

Após um ataque bem-sucedido, tropas nacionalistas capturam soldados comunistas entrincheirados na crista de uma colina na frente de Somosierra, durante a Guerra Civil Espanhola, em 1936. Foto de Horace Abrahams / Getty Images.

Combatentes das Brigadas Internacionais durante um discurso durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

“Salud, hermanos!” (“Saúde, irmãos!”).
Durante um discurso em Montblanch, na Catalunha, em outubro de 1938, o primeiro-ministro Juan Negrín agradeceu aos combatentes das Brigadas Internacionais pelos serviços prestados à causa republicana durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Naquele momento do conflito, os nacionalistas já controlavam grande parte do território espanhol e muitos republicanos fugiram em busca de refúgio para a França e outros países. Foto de Robert Capa

A vitória dos nacionalistas

A Batalha de Ebro, travada na Catalunha em 1938 e considerada a mais sangrenta de todo o conflito, foi o golpe fatal para o pouco que restava da Segunda República Espanhola, sacramentando assim, a vitória dos nacionalistas. Milhares de espanhóis de esquerda foram forçados ao exílio, sendo que muitos deles fugiram para campos de refugiados no sul da França. Foi estabelecida uma ditadura liderada pelo general Francisco Franco e, no rescaldo da guerra, todos os partidos de direita foram fundidos na estrutura do regime ditatorial. Franco governou a Espanha pelos 36 anos seguintes, até a data de sua morte em 20 de novembro de 1975.

Marina Ginesta, a jovem garota ícone da Guerra Civil Espanhola

Marina Ginesta, à época com 17 anos, olha para a câmera com um rifle pendurado no ombro sobre o telhado do hotel Colón, em Barcelona, no dia 21 de julho de 1936.

Considerado um dos registros mais simbólicos da Guerra Civil Espanhola (1936–1939), a jovem Marina Ginesta é registrada pelo fotógrafo alemão Hans Gutmann (Juan Guzmán, na Espanha), no topo do antigo Hotel Colón. Segundo à própria militante, o rifle foi entregue à ela apenas para a sessão de fotos, vez que “aos 17 anos, eu não estava em condições de lutar na guerra”, segundo ela mesma observou. Durante o conflito, o hotel se tornou a sede do Partido Socialista Unificado da Catalunha (PSUC), que cobriu a fachada com cartazes de Lenin e Stalin.

Marina Ginesta

Marina Ginestà nasceu em Toulouse no dia 29 de janeiro de 1919 em uma família de classe operária politicamente muito ativo. Antes da foto, Marina havia trabalhado como jornalista e tradutora para o jornal Pravda. Após a derrota republicana na guerra, se mudou para a França, onde a ocupação nazista a forçou a se exilar no México. Após a Segunda Guerra Mundial, Ginestà se estabeleceu em Paris, onde morreu em 2014, aos 94 anos.

Curiosidade

A fotografia permaneceu esquecida nos arquivos da agência de notícias EFE até 2002. Em 2006, um funcionário da agência, Julio García Bilbao, pesquisou sobre a história da imagem e identificou a ex-guerrilheira Marina Ginestà. A foto se tornou capa de um livro e foi usada para estampar o cartaz de uma exposição na Alemanha.

Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola (1936-39), foi uma revolta militar contra o governo republicano da Espanha, apoiado por elementos conservadores dentro do país. Quando um golpe militar inicial não conseguiu tomar o controle de todo o país, uma sangrenta guerra civil se sucedeu. Os nacionalistas receberam apoio da Alemanha Nazista. Os republicanos receberam ajuda da União Soviética, bem como de Brigadas Internacionais, compostas por voluntários da Europa e dos Estados Unidos. O grupo nacionalista, liderado pelo General Francisco Franco, venceu o conflito e o ditador governou a Espanha pelos 36 anos seguintes, até a data de sua morte em 20 de novembro de 1975.

Referências:
Marina Ginesta, ícone da Guerra Civil Espanhola. Eudes Bezerra. Incrível História.
Marina Ginestà, 94, the defiant militia girl with the gun. The star of the iconic 1936 photograph passes away in Paris. El País.