Agim Shala: criança é entregue aos pais em um campo de refugiados

Agim Shala, de apenas 2 anos de idade, sendo passado pelo arame farpado pelos braços de seus avós no Campo de Refugiados na Albânia, 1999. A fotografia ganhou o prêmio Pulitzer do Washington Post e foi reconhecida como um símbolo da Guerra do Kosovo.

A Guerra do Kosovo e a fuga da família de Agim Shala

Durante a guerra do Kosovo, a comunidade albanesa lutava pela independência da província contra as forças de segurança sérvia (Iugoslávia), os familiares de Agim Shala precisaram migrar para o Campo de Refugiados de Kukes, Albânia. Infelizmente os avós de Agim Shala não puderam entrar no campo até que uma ordem fosse liberada. Para que o neto pudesse ficar protegido, eles o passaram por um buraco no arame farpado.

A tensão entre os separatistas albaneses e o governo da Iugoslávia, comandado pelo presidente Slobodan Milosevic, aumentou no final de 1998, quando o Exército de Libertação do Kosovo intensificou suas ações e passou a controlar parte da província. Naquele mesmo ano, negociações começaram a ocorrer entre os separatistas albaneses, o exército de Milosevic e algumas potências mundiais.

Durante as negociações ficou acertado que seria reconhecida a autonomia do Kosovo e tropas de paz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) substituiriam as tropas sérvias, para que o acordo de paz entrasse em vigor. Contudo, o acordo fracassou, visto que os sérvios aceitaram reconhecer a autonomia do Kosovo, mas tal acordo fora negado pelo grupo separatista albanês e, ao mesmo tempo, o exército sérvio negou a presença das tropas de paz da OTAN, intensificando ainda mais o conflito e iniciando a Guerra do Kosovo em 24 de março com a invasão da Iugoslávia pela OTAN.

Foto: Carol Guzy/Washington Post/Getty Images
A emoção de uma viúva durante o Memorial Day

A emoção de uma viúva durante o Memorial Day

Dorris Fielder abraça a lápide de seu falecido marido Cecil Fielder, no cemitério nacional Fort Logan, em Denver, durante a semana do Memorial Day.

Dorris Fielder abraça a lápide de seu falecido marido Cecil Fielder, no cemitério nacional Fort Logan, em Denver, durante a semana do Memorial Day.

No dia 27 de maio de 1983, durante a semana do Memorial Day nos Estados Unidos, a Sra. Dorris Fielder abraça a lápide de seu falecido marido Cecil Fielder, no cemitério nacional Fort Logan, em Denver. Fielder foi um veterano da Força Aérea Americana e participou da Segunda Guerra Mundial, da Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã. A fotografia, tirada por Anthony Suau para o jornal The Denver Post, ganhou o prêmio Pulitzer em 1984 na categoria “Feature Photography”.

O Memorial Day é um feriado nacional americano que acontece anualmente na última segunda-feira do mês de maio e tem como objetivo homenagear os militares americanos que morreram em combate.

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Huynh Thanh My – fotógrafo da Guerra do Vietnã

Huynh Thanh My – fotógrafo da Guerra do Vietnã

Huynh Thanh My

O fotógrafo da Associated Press Huynh Thanh My durante a Guerra do Vietnã, enquanto cobria um batalhão vietnamita, encurralado no delta do rio Mekong, em meio a uma plantação de arroz. Foto: Associated Press.

O fotógrafo da Associated Press Huynh Thanh My durante a Guerra do Vietnã, enquanto cobria um batalhão vietnamita, foi encurralado no delta do rio Mekong, em meio a uma plantação de arroz (foto acima).

Huynh Thanh My – fotógrafo de guerra no Vietnã

Cerca de um mês depois, no dia 10 de outubro de 1965, também durante uma batalha no delta do rio Mekong, Thanh foi ferido no peito e no braço. Enquanto esperava para ser evacuado de helicóptero, os vietcongues invadiram o posto de socorro improvisado e mataram os feridos, incluindo o jovem fotógrafo. Quase toda a imprensa de Saigon marchou em procissão no funeral de Huynh Thanh My, enterrado no cemitério Mac Dinh Ch. Anteriormente, em maio de 1965, Thanh já havia sido ferido por dois tiros de metralhadora que o acertaram no braço direito, durante um combate contra vietcongues no distrito de Phung Hiep, no delta do Rio Mekong. Ele acompanhava uma batalhão de reconhecimento vietnamita durante uma missão quando foi atingido, contudo, logo após ser liberado do hospital, voltou para a linha de frente.

Anteriormente, em maio de 1965, Thanh já havia sido ferido por tiros de metralhadora, contudo, havia retornado para a linha de frente logo quando foi liberado do hospital. Huynh morreu com apenas 28 anos de idade. Deixou mulher e uma filha de sete meses de idade. Seu irmão mais novo, Huynh Cong Ut, foi contratado pela Associated Press em 1965 e cobriu o resto da guerra, ganhando o Prêmio Pulitzer em 1973.

O fatídico drama hollywoodiano

O fatídico drama hollywoodiano

O fatídico drama hollywoodiano

O Fatídico Drama Hollywoodiano. Foto de Anthony K. Roberts.

A fotografia acima, tirada por Anthony K. Roberts e conhecida como “Fatídico Drama Hollywoodiano”, foi vencedora do prêmio Pulitzer de 1974 na categoria “Fotografia Pontual”.

Os fatos

Durante uma tarde cotidiana em Beverly Hills, cidade localizada no estado americano da Califórnia, o fotógrafo freelancer Anthony K. Roberts escutou gritos de uma mulher enquanto caminhava pelo estacionamento de um parque de Hollywood. A encontrou no chão, sendo agredida com socos e tapas por um homem que estava sobre ela. Roberts, munido apenas de sua câmera fotográfica, gritou para que o homem parasse, advertindo-o de que estava tirando fotos do acontecimento, contudo, o agressor replicou dizendo que não se importava, persistindo no ato. Após alguns momentos, um segurança apareceu no local e, utilizando o teto de um carro próximo como apoio e proteção, apontou a arma para o agressor, ordenando que o mesmo cessasse as hostilidades. Diante da recusa, o segurança disparou um tiro fatal na cabeça do agressor.

O Fatídico Drama Hollywoodiano (Fatal Hollywood Drama)

Outras fotos tiradas por Roberts no mesmo evento.

Drama Hollywoodiano

Foto de Anthony K. Roberts.

Drama Hollywoodiano

Segurança que efetuou o disparo fatal.

Drama Hollywoodiano

Agressor é neutralizado.

El Porteñazo. Capelão resgata soldado em Puerto Cabello

El Porteñazo. Capelão resgata soldado em Puerto Cabello

O Portenazo

O capelão Luis Maria Padilla vai para o meio da rua, no lugar conhecido como La Alcantarilla, em Puerto Cabello, para resgatar um soldado ferido nos momentos cruciais do tiroteio, colocando-o em seus braços, para tentar ajudá-lo.

Na imagem, o capelão Luis Maria Padilla vai para o meio da rua nos momentos cruciais do tiroteio, em um lugar conhecido como La Alcantarilla, para resgatar um soldado ferido, colocando-o em seus braços para tentar ajudá-lo. A foto, tirada por Hector Rondon para o jornal La Republica, foi premiada em 1963 com o Prêmio Pulitzer de Fotografia. A imagem foi distribuída pela Associated Press e apareceu em muitas revistas ao redor do mundo, sendo capa, por exemplo, da revista Life (em espanhol), logo após o incidente.

O Porteñazo: A Revolta de Puerto Cabello

O Porteñazo ou a “Revolta de Puerto Cabello” foi uma revolta da base naval de Puerto Cabello, na Venezuela. Na madrugada de 2 de junho de 1962, uma rebelião liderada pelos oficiais Manuel Ponte Rodriguez, Pedro Medina Silva e Victor Hugo Morales, ocorreu na base naval de Puerto Cabello. Assim que o governo nacional descobriu a tentativa de golpe, enviou tropas do Exército e da Força Aérea, que sitiaram e bombardearam a cidade, forçando uma luta frontal entre o batalhão de fuzileiros navais das forças rebeldes do General Rafael Urdaneta (que havia se juntado a revolta dos oficiais e soldados da base naval e grupos civis armados por estes) e as tropas do batalhão Carabobo, leais ao governo venezuelano, que haviam se deslocado desde Valência, sob o comando do coronel Alfredo Monch.

No dia 3 de junho, o Ministério do Interior da Venezuela anunciou que as forças armadas leais ao governo deram fim à rebelião que havia deixado mais de 400 mortos e 700 feridos. Três dias depois, depois da captura dos líderes da revolta, caiu o último reduto dos rebeldes, o Forte Solano. Posteriormente, verificou-se a participação nos eventos de “Porteñazo” de políticos ligados ao Partido Comunista da Venezuela.

Em um poema dedicado a Puerto Cabello, o escritor e poeta Juan Camarasa Brufal, incluiu alguns versos dedicados ao fato ocorrido na foto (original em espanhol):

“En medio de tu dolor,
un ángel te mandó Dios,
que sin miedo ni pavor,
era solo…, y el herido dos
Sus alas fueron dos brazos
levantando los heridos;
las balas respetaban sus pasos,
al oír los tristes gemidos
Eres tú, capellán Padilla,
un ángel de paz y amor;
que germine esta semilla,
y no habrá tanto dolor.”

Tradução

Em meio a sua dor,
Deus mandou um anjo,
que sem medo e pavor,
estava sozinho… e dois feridos
suas asas eram dois braços
levantando os feridos
as balas respeitavam seus passos,
ao ouvir os tristes gemidos
Era você, capelão Padilla,
um anjo de paz e amor;
que germine essa semente,
e não haverá tanta dor.

[NOTA] A foto acima é erroneamente descrita em vários sites e blogs como sendo o exato momento em que o soldado se ajoelha e pede perdão ao padre.