
Foto de Judy e Frank Williams em um campo de prisioneiros. Foto: Topical Press Agency/Hulton Archive/Getty Images
Judy nasceu em Xangai e em 1942 foi adotada pela tripulação da Marinha Real Britânica, especificamente por Frank Williams, seu verdadeiro dono. Em meio a Segunda Guerra Mundial, o navio HMS Grasshopper, onde a cachorra vivia, foi atingido pelos japoneses, ficando sua tripulação perdida em uma região desértica.
Dias depois, entretanto, a cadela encontrou água, salvando os tripulantes. Porém, todos acabaram sendo capturados posteriormente, rumando para um campo de prisioneiros. Judy ficou escondida em um saco de arroz e, quando descobriram sua presença, sua sentença foi dada, a morte.

Judy a bordo do HMS Grasshopper. Foto: Imperial War Museums. ID: HU 43990.
Os soldados capturados, então, imploraram aos oficiais japoneses para que a considerassem um prisioneiro de guerra, pedido esse que foi aceito, transformando Judy no primeiro animal a receber tal denominação, prisioneira 81A.
Finalmente em junho de 1944, todos seriam transferidos para outro campo, em Cingapura, mas em meio ao processo de transferência, o barco em que estavam fora atacado, separando Judy de Frank Williams, seu dono. Muito tempo se passou e a tripulação ouvira histórias de que a cadela salvara muitas pessoas, mas ninguém sabia sobre seu paradeiro até que, um dia, um animal magro e ferido lançou-se aos braços de Frank, era sua fiel companheira.

Judy recebendo a Dickin Medal. Foto: Topical Press Agency/Hulton Archive/Getty Images
Um ano depois, a guerra terminou e Judy recebeu diversas condecorações, inclusive a “Dickin Medal”, que homenageou muitos animais que participaram das batalhas. A cachorra viveu com Frank até 1950, quando precisou ser sacrificada por volta dos 13 anos em função de um tumor.